Resenhas

Firepower

Judas Priest

Avaliação

9.0

O Judas Priest finalmente lançou seu tão esperado álbum Firepower e demonstra um fôlego raramente visto entre os “monstros sagrados” do heavy metal.

Desde o retorno de Rob Halford ao grupo, com Angel of Retribution, de 2005, não soa tão bem como nesta amostra de sua grandeza.

Uma das faixas que demonstra esta superioridade e relevância é “Lightning Strike”, com riffs muito bem colocados e poderosos, assim como sua letra que remete ao metal oitentista, mas com nova roupagem e produção moderna. O mesmo pode ser notado na faixa-título “Firepower”.
“Evil Never Dies”, “Never The Heroes”,”Spectre”, “Sea of Red” e “Children Of The Sun” são mais cadenciadas, mas não menos interessantes que o restante das composições. O novo trabalho demonstra uma coesão, um equilíbrio e uma qualidade técnica inquestionável, honrando todo histórico do grupo.
“Traitors Gate” e “No Surrender” são faixas que lembram muito os trabalhos recentes do Judas, mas faço questão de frizar, com uma produção aprimorada.
Aliás, cabe destacar que Tom Allom, produtor presente em todos os discos da banda de 1979 a 1988, incluindo os clássicos British Steel (1980), Screaming for Vengeance (1982) e Defenders of the Faith (1984), teve participação no álbum, assim como Andy Sneap, que substituiu o guitarrista Glenn Tipton, diagnosticado com Mal de Parkinson e que anunciou recentemente seu afastamento do grupo.
Muito superior ao antecessor Redeemer of Souls, de 2014, o grupo parece cada vez mais afiado e com uma fonte infinita de criatividade. Agora só nos resta aguardar uma possível passagem da turnê pelo Brasil para divulgar o novo trabalho.

Faixas:
1. Firepower
2. Lightning Strike
3. Evil Never Dies
4. Never the Heroes
5. Necromancer
6. Children of the Sun
7. Guardians
8. Rising from Ruins
9. Flame Thrower
10. Spectre
11. Traitors Gate
12. No Surrender
13. Lone Wolf
14. Sea of Red