Manter a cultura do metal viva não é uma tarefa fácil, ainda mais no Brasil. Lutando contra todos os prognósticos pessimistas a banda cearense Darkside está na estrada desde os anos 90, sobrevivendo a reformulações em sua formação, separações e retomadas. Soa familiar? Acho que quase todas as bandas do underground passam por isso. Resistência é a palavra chave.
Aqui em minhas mãos tenho um trabalho que é a releitura das duas primeiras demos do Darkside, com regravações cuidadosas para revigorar trabalhos já existentes, mas agora com a oportunidade de executá-las com um maior esmero de produção e masterização.
“Fragments Of Madness… At The Gates Of Time” (2018), gravado no Ruído 111 Studio em Fortaleza (CE) por Paulo Eduardo, foi mixado e masterizado por Rodrigo Magnani. Trabalho feito com extrema competência e que não ficou devendo em nada para qualquer lançamento que tenho recebido de bandas nacionais e estrangeiras nos últimos 5 anos. Aliás, vejo como uma tendência extremamente positiva o desenvolvimento de nosso mercado fonográfico neste quesito em todas as partes do Brasil. Gravações de qualidade, apesar do impacto das novas tecnologias sobre a indústria musical (principalmente o streaming).
Outra coisa que deve ser louvada é a forma como a releitura foi feita, respeitando a história da banda e chamando seus ex-integrantes para participarem do trabalho.
O resultado é muito bom, o que é entregue ao ouvinte é de uma vitalidade extrema. Um passeio entre o thrash metal e suas vertentes que me levam a uma viagem ao tempo em que comecei ouvir o estilo musical, há três décadas atrás.
Formação:
Marcelo Falcão – Vocais
Tales Groo – Guitarra
Anderson Meneses – Guitarra
Kaio Castelo – Baixo)
Bosco Lacerda – Bateria)