Resenhas

Magnum Opus

Héia

Avaliação

7.9

Trilhar o caminho do underground muitas vezes significa não se importar com convenções preestabelecidas, mas ao mesmo tempo é um caminho de liberdade criativa. O que a banda goiana Héia faz em “Magnum Opus” é exatamente isso.

Eles trilham pelo caminho do metal obscuro em que foge dos modismos que muitas bandas de black metal acabaram cedendo e fazendo concessões (modernizando seu som). O submundo da filosofia ritualística das artes ocultas está presente aqui, como o culto a Deusa Hécate na faixa “Liber Qoph Vel Hecate”. A deusa tríplice que representa o sagrado feminino: a Donzela, a Mãe e a Anciã.
“Solve et Coagula”, “The Serpent’s Flame”, “Magnum Opus” desfilam as tradições do conhecimento oculto da filosofia crowleyana, as bases da Mágicka, os fundamentos da Ordo Templi Orientis (O.T.O.) e outras tradições místicas.
Analisando a parte instrumental, não há inovações, como citei acima. Seguem a mesma toada de estruturas sonoras cruas, agressivas e sombrias incorporadas à tradição do estilo. Remetendo bandas pioneiras com seus blast beats, distorções e palhetada tremolo. Mas creio que é a opção dos artistas de autodeterminação de não ceder ao que está em voga.
Ouvir o álbum “Magnum Opus” é se aprofundar neste tipo de conhecimento (ocultista), mas é apenas a ponta do iceberg. Há muito ainda a ser explorado.

Formação:

Místico Cultos: Guitarra e vocal
Sanatas: Contrabaixo e backing vocal
Flavio: Bateria