Resenhas

Corpsegrinder

Corpsegrinder

Avaliação

8.0

George “Corpsegrinder” Fisher lançou seu primeiro disco solo, intitulado de maneira mais simples possível: “Corpsegrinder”. Este é apenas mais um de seus tantos projetos paralelos a sua banda principal, o Cannibal Corpse, que lhe deu a notoriedade que tem hoje em dia.

Para lançar este play, ele se juntou aos irmãos Bellmore, o guitarrista/ baixista Charlie e o baterista Nick. Ambos são músicos da banda de apoio de Dee Snider. Seu companheiro de Cannibal Corpse Erik Rutan participa da faixa de abertura, “Acid Vat” e isso é o mais próximo de sua banda principal que George chega.

Com produção de Jamey Jasta (Hatebreed) e de Nick Bellmore, a bolacha saiu apenas na gringa, via Perseverance Media Group, em 25 de fevereiro. A arte da capa é bem interessante e mostra um desenho do vocalista em meio a zumbis e cadáveres. Não chega a ser horripilante quanto as capas do Cannibal Corpse, mas merece destaque, podendo se colocar entre as mais belas do ano e foi assinada por Dan Goldsworthy.

São apenas 31 minutos de audição e aqui vai um alerta para o leitor: se você está esperando que ele apresente algo na linha do Cannibal Corpse, esqueça! A intenção aqui é realmente apresentar um disco diferente. Até porque ele não está acompanhado dos seus colegas, não tem um virtuoso como Alex Webster no baixo ou uma dupla de guitarristas como Rob Barrett e o próprio Erik Rutan. Os irmãos Bellmore cumpriram bem as partes que lhes couberam.

Após um começo apenas bom, o disco vai crescendo conforme as faixas vão passando, atingindo seu ápice na metade final. Os destaques do play são “On Wings of Carnage“, que é arrastada e traz boas linhas de guitarra, “All Souls Get Torn“, bem Old-school, que alterna partes rápidas e agressiva com outras que flertam com o Djent/ Sludge Metal, “Devourer of Souls“, arrastada e com ótimos riffs e “Definied by Your Demise“, que também tem ótimos riffs, muito peso e um certo clima épico durante sua extensão.

Um disco que se não é tão técnico quanto o Cannibal Corpse, é bem honesto e merece uma atenção especial sem que possa cobrar do cara o que ele apresenta por lá. Vale a pena dar uma conferida, pois só o vocal dele já é de dar medo. Indicado para fãs de Death Metal com mente aberta e dispostos a ouvirem um dos maiores frontman da música extrema fora de sua zona de conforto.