Formada no Vale do Paraíba, interior de São Paulo, o Steelgods apresenta Heavy Metal puro com influências do Power e Thrash Metal. “Olitizack”, seu álbum de estreia é conceitual, onde o “Sonhador” conta uma história sobre um futuro distópico onde a religião tomou conta do poder executivo, legislativo e judiciário. Tudo representado em composições riquíssimas de puro Heavy Metal. Vamos conferir o trabalho!
“The March” abre o álbum com soldados marchando nos encaminhando para a guerra e logo chega “The Dream”, onde é contada a origem do tema principal do álbum. Pesada, vai crescendo até ganhar um tom de Power Metal, com a voz aguda do vocalista Nelson Bonito conduzindo muito bem a faixa, que conta com um ótimo refrão. “In The Abyss” tem um tom mais sombrio, com as duas guitarras casando o riff principal com maestria. Algumas mudanças de andamento a fazem ter um pé no Metal Progressivo. Prepare-se ainda para um solo magnífico de guitarra.
Agora vamos para “Mandragora”, mais agressiva, aplica alguns efeitos na voz de Nelson. Uma harmonia do teclado embeleza a faixa. Ainda tem o solo mais uma vez incrível. Um piano introduz “Farewell Song”, uma belíssima balada com um tom melancólico. Um violão conduz a faixa rica em detalhes, com harmonias de vozes muito bem encaixadas, um teclado que também mantém o tom mais dramático. Ótima música. “Glove Of God” é uma passagem para outra bela composição, “Ballet Of The Blinds” conta com orquestrações que harmonizam os versos, antes de o refrão chegar com grandeza. A ponte muda o andamento para um tom mais melódico e sombrio encerrando com um clima ótimo.
“Five Springs” tem violões conduzindo o início, que logo ganha um peso épico e riffs muito bem construídos. Mantém um tom dramático com corais de fundo e um refrão pegajoso. Outro solo de guitarra incrível aparece, o melhor do álbum sem dúvidas. A ponte ganha velocidade com um riff matador e a bateria destruindo tudo, no bom sentido, é claro. “Mad Words” é outra passagem que introduz “The Thief”, uma composição dramática que se inicia conduzida pelo piano e um violino de fundo, lindíssima. Ela mantem um tom agradável, com guitarras tímidas em sua maior parte. Seu refrão é muito bom e conta com ótimos vocais de apoio. Ao seu final, um bom solo de guitarra encerra a faixa nos encaminhando para o final.
A encarregada de fechar o álbum é “Suicide Salvation”. Épica, com orquestrações lindas e com um clima de vitória. Tem o andamento cadenciado e vai crescendo em sua execução, um solo com muito feeling é apresentado e a voz de Nelson conduz com perfeição a proposta cantando com o coração.
Toda a história de “Olitizack” foi escrita pelo baixista da banda, Fabrício Castilho, e é contada de forma magnífica. Ainda conta com um livro do mesmo nome que ajuda a entender todo o conceito.
A produção é fantástica e deixa tudo muito claro na audição, com volumes dos instrumentos e voz nivelados, fazendo tudo soar bastante agradável. Performances matadoras de todos os membros, muito profissionais que sabem o que fazer com seus instrumentos. Você encontra epicidade, drama, tensão e satisfação em forma de música, algo que poucas bandas conseguem transmitir. Altamente recomendado não só para quem gosta de uma boa audição, mas principalmente para aqueles que sentem a música.
Tracklist:
01. The March
02. The Dream
03. In The Abyss
04. Mandragora
05. Farewell
06. Glove Of God
07. Ballet Of The Blinds
08. Five Springs
09. Mad Words
10. The Thief
11. Suicide Salvation
Formação:
Diego Correa (Guitarra);
Elton Silvarum (Guitarra);
Fabrício Castilho (Baixo);
Matheus Lisboa (Teclados);
Nelson Bonito (Vocal);
Saulo Carvalho (Bateria).