Os suecos do Soilwork chegam ao seu 12º álbum de estúdio em “Övergivenheten”, que em sueco significa algo como “O abandono”. Riffs pesados misturados com um tom melódico inconfundível definem o som com bastante identidade e qualidade. Vamos dar uma analisada nesse álbum que chegou em 19 de agosto pela Nuclear Blast e Shinigami Records no Brasil.
Vale lembrar que esse foi o último álbum do guitarrista David Andersson, que infelizmente faleceu aos 47 anos no último dia 14 de setembro.
Pois bem, somado a todos os elementos citados, a banda ainda traz alguns experimentos muito felizes nesse Play, como a adição de mais vocais limpos por parte do ótimo Björn “Speed” Strid, passagens melódicas mais cadenciadas e refrãos bastante puxados para o Hard Rock. Isso deu uma engrandecida no som da banda, que já vinha de um ótimo álbum com “Verkligheten” em 2019, tornando o som mais ordenado, talvez com a intenção de buscar um público maior.
Mas então, isso você encontra logo nas duas primeiras faixas, a faixa-título, que abre os trabalhos, e “Nous sommes la guerre”, ambas lançadas antecipadamente e que representam perfeitamente o som proposto no álbum. Também nessa estrutura mais limpa, temos “Valleys of Gloam”, com um andamento até mais rápido que as outras, com um refrão pegajoso.
Você ainda encontra a fórmula usada pela banda nos álbuns anteriores, mesclando mais os vocais limpos com os gritos, como em “Vultures”, que tem passagens gritadas e refrão melódico, “Death, I Hear You Calling”, na mesma pegada mas com um andamento menos acelerado, além de “Dreams of Nowhere”, com ótimos riffs e uma performance matadora da bateria.
Com a pegada mais agressiva, com bastante gritos, riffs rápidos e blast beats pedindo passagem chegam “Electric Again”, que ainda assim tem um refrão melódico e cativante, “Is It in Your Darkness”, com um interessante refrão melódico acompanhado por blast beats, “Golgata”, com outro refrão matador, com Björn abusando de alguns agudos, além de “Harvest Spine”, que ainda tem um ótimo solo de guitarra.
Ainda tome um fôlego para a excelente faixa de encerramento, “On the Wings of a Goddess Through Flaming Sheets of Rain”, com mais de 7 minutos de duração, é fortíssima e apresenta uma sonoridade clássica da banda, com muita agressividade e momentos melódicos encaixados perfeitamente em meio a riffs magistrais.
Podemos dizer que o Soilwork acertou em cheio nessa aposta de soar mais acessível. Belas composições que mesclam muito bem as fases da banda, aproveitando muito a qualidade vocal de Björn, que tem facilidade em se adaptar aos momentos de transição do agressivo para o cadenciado. Excelente mixagem que deixou tudo bastante cristalino e nivelado, tornando a audição bastante satisfatória. Apesar de longo, não é um álbum cansativo e você facilmente o colocará pra tocar novamente. Um dos grandes lançamentos de 2022 que não será supressa se figurar entre os melhores do ano.
Tracklist:
01. vergivenheten
02. Nous Sommes la Guerre
03. Electric Again
04. Valleys of Gloam
05. Is It in Your Darkness
06. Vultures
07. Morgongva/Stormfgel
08. Death, I Hear You Calling
09. This Godless Universe
10. Dreams of Nowhere
11. The Everlasting Flame
12. Golgata
13. Harvest Spine
14. On The Wings Of A Goddess Through Flaming Sheets Rain Of
Formação:
Björn “Speed” Strid – vocal
Sylvain Coudret – guitarra
David Andersson – guitarra, baixo, piano
Sven Karlsson – teclado
Bastian Thusgaard – bateria
Rasmus Ehrnborn – baixo