Após uma série de singles e um EP, a alucinante banda Magna Zero apresenta o tão esperado álbum de estreia, inititulado ‘The Great Nothing’. Ricas em versatilidade sonora, as onze canções de The Great Nothing de Magna Zero são uma odisseia emocionante e transcendental em direção ao vazio místico, que, em última análise, está dentro de cada um de nós como uma chave para a paz interior. A banda descreve ‘The Great Nothing’ como “uma jornada para ‘ser livre e deixar ir’, para ‘desistir de si mesmo para encontrar o eu’ e para ‘tornar-se nada paradoxalmente experimentando a unidade com tudo”.
‘The Great Nothing’ representa a marca única da alma da banda. Há simplicidade e perfeição juntas que tornam o som mais progressivo e grandioso. O som bruto do trio de Psych Rock de Los Angeles, Magna Zero, combina elementos de rock progressivo, desert rock e pós-punk em um caldeirão rodopiante de guitarra e energia sônica impulsionada pelo groove. As músicas da banda exploram o que significa ser humano no mundo incerto e turbulento de hoje. Após o sucesso de crítica de seu EP de estreia, ‘All Must Go’, provam que seguem com a ideologia artística, ousada e cativante, junto com o som penetrante e peculiar, que traz uma atmosfera sonora nostálgica ao mesmo tempo que exala um frescor sincero graças a energia jovial e mente visionária dos integrantes.
Logo na primeira faixa, “All Must Go”, percebemos aonde a banda quer chegar, entregando um choque elétrico de paixão mesclado com uma atitude destemida, onde provam que são uma banda em constante avanço. A músic seguinte “Endure” já mostra o lado sombrio vindo do post punk remetendo a tons de Bauhaus – o que cativa imediatamente os fãs da banda. Criando uma vibe majestosa para amantes de rock, este disco mostra o quanto a banda adora dobrar e moldar gêneros musicais.
Subindo impecavelmente na ordem musical com seus riffs em camadas com seções de metais e arranjos operísticos, seu som está amadurecendo em algo único. Em ” The Singularity”, a banda mantém o espírito do post punk mas também incorpora o rock progressivo e psicodélico que remete ao Pink Foyd – por isso adorei essa banda, ela mistura diversas referências inusitadas para criar seu som. “Under the Dirt” é uma fusão fervorosa e expressiva, uma satisfação conceitual de uma mistura eclética de ideias. Começa com um lick de guitarra distorcido que é compacto e suave, nostálgico e remete ao grunge e ao garage rock, com um refrão que entra facilmente em nossa mente e nos faz cantar junto.
“Oblivion” segue o mesmo conceito, destilando a melancolia penetrante e intimista. Uma melodia cativante e atraente com um arranjo musical genuíno é sentida na faixa “Step Into The Light”, sendo a balada do álbum que leva o ouvinte aos limites do desconhecido de uma forma prazerosa e impossível de descrever – é preciso ouvir e sentir por si só esse momento. “We Are All” injeta em nossa mente a mensagem, com o instrumental drástico, extenso e sombriamente alucinante, mostrando as mentes brilhantes dos garotos do Magna Zero. “Dark Matter” traz o lado mais pesado e agressivo do post punk, destilando a nostalgia e o momento sombrio do final do mundo – esta é a sensação que tenho ao ouvir. Fechando o disco, “Walking To Nowhere” coloca fim a essa viagem maravilhosa, mas despertando a vontade de apertar o play novamente e embarcar nesse mundo criativo do Magna Zero.
‘The Great Nothing’ mantem a frequência, conduzindo o ouvinte em uma viagem sonora inesquecível, com destaque na forma como a banda misturou referências dentro do rock e de uma maneira peculiar criou um trabalho atemporal perfeito para os fãs do estilo, conversando diretamente com seu instrumental e com o ouvinte, transmitindo diversos sentimentos de forma satisfatória. Magna Zero chegou para ficar, com poucos lançamentos já ganhou destaque e segue repleto de ideias vibrantes, exclusivas e de pura nostalgia, sendo uma banda potente, de imersão com um domínio tão forte e confiante sobre seu som, que consegue encantar desde o público mais exigente até quem busca bandas novas. A banda prova que está no caminho certo para estar entre os grandes nomes da música atual.