Resenhas

Chaos Horrific

Cannibal Corpse

Avaliação

9.0

Chegando ao seu décimo sexto álbum o Cannibal Corpse busca entrar em um território ainda não explorado da banda. Claramente você não vai ouvir baladinhas acústicas, vocais limpos e corais enfeitando as músicas da banda mais carniceira de todos os tempos, mas você vai encontrar algumas experimentações, exatamente como o guitarrista e produtor Erik Rutan declarou quando disse buscava uma direção diferente de “Violence Unimagined” de 2021. Chegou o grande dia: “Chaos Horrofic” chega dia 22 de Setembro via Metal Blade. Bora resenhar pra ver o que nos espera!

Quem logo dá as caras é Alex Webster em uma intro brutal do baixo em “Overlords Of Violence“. Logo a banda chega rasgando suas tripas exatamente como manda a cartilha do Cannibal, te deixando sem ar com riffs técnicos e vocais brutais. Ótima faixa de abertura. Sem tempo de respirar e já chega “Frenzied Feeding” com viradas impressionantes do sempre ótimo Paul Mazurkiewicz. Aqui já temos um ponto diferente, com um riff que vai contra o tempo na ponte, simples, mas muito bem encaixado.

Você encontra outros momentos mais experimentais durante as próximas faixas, nada tão absurdo e diferente do que a banda já fez, mas em “Summoned for Sacrifice” algumas mudanças no tempo bem interessantes; “Blood Blind” conta com um certo Groove em seu riff principal, com um compasso mais cadenciado, acelerando em poucos momentos. “Vengeful Invasion” tem um riff mais agudo conduzindo a faixa, que é bastante dinâmica com suas mudanças de andamento, tão dinâmica que você nem percebe que é a maior faixa do álbum.

A faixa-título tem um riff com influências do Thrash, com muita velocidade. Seus versos têm ótimo trabalho da bateria, com andamentos não convencionais e ótimas viradas. Seguindo a mesma linha chega “Pitchfork Impalement“, essa com um pouco mais de mudanças no compasso, com alguns blast beats complementando a faixa. Mais direta e com ótimos riffs, chega “Pestilential Rictus“, é uma boa faixa, mas destoa um pouco das outras, parece a famosa faixa feita pra completar o álbum. Apesar disso, é divertida.

Fechando o álbum de uma forma apoteótica, temos “Drain You Empty“. Um momento épico no álbum, com riffs que novamente vão contra o andamento, onde os mesmos são mais cadenciados em comparação ao compasso da bateria e isso dá um contraste perfeito, muito bem pensado e trabalhado.

Falar do Cannibal Corpse não é difícil, pois os caras já estão em uma crescente há décadas e cada álbum lançado, quando você pensa que é o apogeu da banda, vêm outro e mostra que estávamos equivocados. “Chaos Horrofic” é um Play de fácil assimilação e esses experimentos da banda são sutis, algo já esperado, pois é como já se sabe: não ouviremos passagens acústicas e cantos líricos no Cannibal, muito pelo contrário, Corpsegrinder mostra a cada álbum o porquê é considerado um dos maiores vocalistas de Death Metal de todos os tempos. Tudo na medida, certeiro e brutal. Que assim seja!

Tracklist:
01. Overlords of Violence
02. Frenzied Feeding
03. Summoned for Sacrifice
04. Blood Blind
05. Vengeful Invasion
06. Chaos Horrific
07. Fracture and Refracture
08. Pitchfork Impalement
09. Pestilential Rictus
10. Drain You Empty