Resenhas

Nadir

Groza

Avaliação

8.5

Concebida em 2016 como ‘one man band’ por P.G. na Bavária (Alemanha), a banda de black metal Groza – ou “Гроза” em cirílico, significa “tempestade elétrica” ou “horror” na língua eslava – com o passar do tempo foram acrescentados novos músicos e culminou com o lançamento do debut “Unified in Void” (2018), três anos depois soltaram “The Redemptive End” e agora lançam pela gravadora AOP Records seu novo álbum, “Nadir”.

Fortemente influenciados pela ‘fase black metal’ do Darkthrone – e quem não é pelo “Transilvanian Hunger”? – “Nadir” é composto por uma introdução e cinco longos temas onde se destacam passagens melancólicas e introspectivas. Após a intro “Soul : Inert”, o ouvinte é apresentado a mais uma introdução (uma introdução pós introdução?) antes do verdadeiro massacre sonoro que é “Asbest”, onde se destaca o excelente riff.

“Dysthymian Dreams”,a primeira música apresentada e “Deluge” vão pelo mesmo caminho: a pancadaria clássica do black metal com uma passagem melancólica.

Mas o melhor momento do álbum é “Equal. Silent. Cold.” onde apenas – apenas? – o bom ‘black metal old scholl’ reina com um excelente trabalho de bateria que , em alguns momentos, se torna uma batida marcial que hipnotiza o ouvinte.

O encerramento se dá com a longa e densa “Daffodils”, outra excelente canção que conta com a participação dos músicos da banda austríaca Harakiri For The Sky.

Quando ouço uma banda no início de carreira fico torcendo para um bom trabalho, afinal são essas bandas que vão manter o estilo vivo. O Groza, em seu terceiro álbum, apresenta um black metal consistente e tem tudo pra evoluir ainda mais,

Formação:

P.G. – guitarra, vocal, baixo

U.A. – guitarra

T.H.Z. – bateria

 

Tracklist:

Soul : Inert
Asbest
Dysthymian Dreams
Equal. Silent. Cold.
Deluge
Daffodils