Crédito das fotos: Jaqueline Souza/Headbangers News
Após o impacto do primeiro dia, os portões da VIP Station abriram mais cedo para o segundo capítulo do Setembro Negro Festival 2025, e o público já estava preparado para mais uma maratona de brutalidade sonora. Com horários alternados entre o Palco Infernal, no subsolo, e o Palco Maioral, cada apresentação reforçou o compromisso do festival em entregar diversidade musical e performances únicas. Apesar das já conhecidas dificuldades de locomoção na casa, os fãs deixaram de lado todo o desconforto para mergulhar em outro dia inesquecível.
O segundo dia começou às 14h30 no Palco Infernal com os acreanos do Necromantticu, que levaram seu death/black metal para energizar o público logo cedo. Formada por Roberto Bala (baixo), Victor “Ticano” (bateria) e Maniac Hammer (guitarra/vocais), a banda trouxe riffs ríspidos e vocais ferozes que incendiaram a plateia. Mesmo com o espaço limitado do subsolo, rodas de mosh começaram a se formar, e os presentes responderam com entusiasmo contagiante, criando um início de dia já avassalador. Enquanto isso, às 15h10 no Palco Maioral, o black metal do Paraguai fazia sua estreia com os paraguaios do Wisdom. O sexteto que tem em sua formação os membros originais Khaos (guitarra), Seldrack L.K. (vocal) e Pomber RG (baixo), entregou uma performance impecável e tecnicamente brilhante. A energia sombria das composições, aliada à conexão imediata com o público, transformou a apresentação em uma verdadeira celebração do black metal, marcada por um som afiado e uma presença de palco envolvente.
Às 15h50, de volta ao Palco Infernal, o death metal de Salvador subiu o nível de intensidade com a banda Leprovore. Antes mesmo do primeiro acorde, o baixista Zulbert Buery já causava impacto ao entrar no palco com a cabeça sangrando, criando um clima de horror que preparou o terreno para uma apresentação brutal. Ao lado de Daniel Excruciator (bateria), Elder Lins (guitarra) e Demétrio Invocation (vocais), a banda entregou um death metal cru e impactante, impulsionado por uma performance visualmente perturbadora que incendiou o público no sufocante Palco Infernal. Subindo ao Palco Maioral às 16h30, o death metal texano imperava com a apresentação do Imprecation, que promovia seu EP Vomitum Tempestas, lançado em abril deste ano. Liderados pelo vocalista Dave Herrera, a banda apresentou um dos shows mais celebrados do dia, com uma entrega sonora perfeita e um setlist carregado de riffs poderosos. Completabam o time Milton Luna e Nick Norris (guitarras), Jeff Tandy (baixo) e Matt Heffner (bateria), que garantiram uma avalanche sonora que conquistou cada espectador presente.
Às 17h20 no Palco Infernal, o trio pernambucano Féretro tomou conta do espaço subterrâneo com seu death metal old school característico. A banda, composta por Nefando (baixo/vocais), Carlos Eduardo (guitarra/vocais) e Beto Santos (bateria), entregou uma performance visivelmente apaixonada, exacerbando a energia dos fãs que respondiam com uma intensidade quase tão agressiva quanto a música que preenchia aquele pequeno e abarrotado espaço. A maratona continuou às 18h00 no Palco Maioral com o 1349, diretamente da Noruega, trazendo o melhor do black metal nórdico. Divulgando seu mais recente álbum, The Wolf & The King, lançado em 2024, a banda transformou o palco principal em um verdadeiro altar para a brutalidade. A formação, composta por Ravn (vocais), Seidemann (baixo), Archaon (guitarra) e Frost (bateria), apresentou riffs arrebatadores e batidas esmagadoras que eletrizaram a plateia do início ao fim, consolidando sua posição como uma das grandes atrações do dia.
Às 18h50, de volta ao Palco Infernal, os belgas do Bütcher fizeram sua estreia no Brasil com uma apresentação explosiva que ficará para a história do festival. Com R Hellshrieker roubando a cena ao interagir intensamente com o público e se apresentar banhado em sangue com sua regata branca, a banda incendiou a plateia ao som de seu speed metal contagiante. Divulgando o álbum On Fowl of Tyrant Wing, o grupo, formado ainda por KK Ripper (guitarra), KV Bonecrusher e AK Nosferatör (baixos) e R Voidsmasher (bateria), entregou uma apresentação memorável capaz de transformar o subsolo apertado em um campo de mosh non-stop. Enquanto isso, às 19h40 no Palco Maioral, a lendária Jinx Dawson conduzia o público em uma verdadeira missa negra com sua banda Coven. Com 70 anos de idade e um carisma incomparável, Jinx fez sua tão esperada entrada saindo de um caixão, arrancando gritos e aplausos ensurdecedores da plateia. A teatralidade, somada ao peso e à energia das músicas, garantiu uma performance sombria, simbólica e inesquecível, coroando um dos momentos mais especiais do festival até agora.
A densidade sonora retornou ao Palco Infernal às 20h35 com o sludge metal do Primitive Man. O trio de Denver, formado por ELM (guitarra/vocais), JPC (baixo) e JDL (bateria), entregou uma apresentação opressiva, carregando o ambiente com riffs arrastados e brutalmente esmagadores. A atmosfera sufocante tomou conta da plateia, que se viu submersa em uma experiência sonora tão pesada quanto visceral. Mais tarde, às 21h25 no Palco Maioral, foi a vez do Macabre levar seu “murder metal” ao palco principal pela primeira vez no Brasil. Celebrando 40 anos de carreira, o trio, composto por Corporate Death (vocais/guitarra), Nefarious (baixo) e Dennis the Menace (bateria), percorreu sua discografia com músicas que “homenageavam” serial killers e criminosos. Destaques como The Iceman, The Unabomber e Scrub a Dub Dub tomaram conta da apresentação, com uma narrativa perturbadora que conquistou o público das formas mais inusitadas possíveis.
Encerrando as atividades do Palco Infernal às 22h25, os americanos do Incantation fecharam o subsolo com chave de ouro. Promovendo seu álbum Unholy Deification, de 2023, a banda liderada por John McEntee entregou um death metal impecável com um setlist que incluiu músicas como Profanation, Iconoclasm of Catholicism e The Ibex Moon, levando o público ao êxtase final com tamanha brutalidade. Por fim, às 23h25 no Palco Maioral, o segundo dia do festival foi concluído com o thrash metal explosivo do Overkill, que trouxe uma enxurrada de clássicos para encerrar a noite em altíssima voltagem. Com Bobby “Blitz” Ellsworth (vocais) e D.D. Verni (baixo) liderando a formação clássica da banda, faixas como Rotten to the Core, Hello From The Gutter e Elimination incendiaram o público, que formava rodas de mosh insanas e lotava a pista com todos os níveis de adrenalina possíveis.
Rumo ao Terceiro Dia!
Com performances históricas, muita energia e desafios logísticos superados pela paixão, o segundo dia do Setembro Negro Festival 2025 reafirmou por que este é um dos maiores eventos de metal extremo do mundo. Agora, todas as atenções estão voltadas para o último dia, que promete encerrar o evento da mesma forma que começou: histórico.
Prepare-se, pois o clímax está por vir. Hail ao metal extremo!
Galeria do show
- 06/09/2025 – Coven – Setembro Negro 2025 – VIP Station Crédito: Jaqueline Souza/Headbangers News
- 06/09/2025 – Coven – Setembro Negro 2025 – VIP StationCrédito: Jaqueline Souza/Headbangers News
- 06/09/2025 – Coven – Setembro Negro 2025 – VIP StationCrédito: Jaqueline Souza/Headbangers News
- 06/09/2025 – Setembro Negro 2025 – VIP StationCrédito: Jaqueline Souza/Headbangers News
- 06/09/2025 – Setembro Negro 2025 – VIP StationCrédito: Jaqueline Souza/Headbangers News
- 06/09/2025 – Setembro Negro 2025 – VIP StationCrédito: Jaqueline Souza/Headbangers News
- 06/09/2025 – Setembro Negro 2025 – VIP StationCrédito: Jaqueline Souza/Headbangers News
- 06/09/2025 – Setembro Negro 2025 – VIP StationCrédito: Jaqueline Souza/Headbangers News
- 06/09/2025 – Setembro Negro 2025 – VIP StationCrédito: Jaqueline Souza/Headbangers News
- 06/09/2025 – Setembro Negro 2025 – VIP StationCrédito: Jaqueline Souza/Headbangers News
- 06/09/2025 – Setembro Negro 2025 – VIP StationCrédito: Jaqueline Souza/Headbangers News
- 06/09/2025 – Setembro Negro 2025 – VIP StationCrédito: Jaqueline Souza/Headbangers News
- 06/09/2025 – Setembro Negro 2025 – VIP StationCrédito: Jaqueline Souza/Headbangers News
- 06/09/2025 – Setembro Negro 2025 – VIP StationCrédito: Jaqueline Souza/Headbangers News
- 06/09/2025 – Setembro Negro 2025 – VIP StationCrédito: Jaqueline Souza/Headbangers News