O guitarrista britânico Mick Ralphs, conhecido por seu trabalho nas bandas Bad Company e Mott the Hoople, morreu aos 81 anos. A informação foi confirmada por um representante do músico. A causa da morte não foi divulgada, mas Ralphs enfrentava problemas de saúde há quase uma década.
Nascido em Herefordshire, Inglaterra, em 1944, Ralphs começou a tocar em bandas ainda na adolescência. Nos anos 1960, fundou o grupo Doc Thomas com Stan Tippins e Pete “Overend” Watts, que mais tarde se tornaria o Mott the Hoople, após mudanças de formação e contrato com a gravadora Island Records. A banda ganhou notoriedade no cenário do rock britânico e teve sua carreira impulsionada por David Bowie, que lhes cedeu a música “All the Young Dudes”, transformando o grupo em sucesso comercial.
Em 1973, insatisfeito com os rumos do Mott the Hoople, Ralphs saiu da banda e fundou o Bad Company ao lado de Paul Rodgers, Simon Kirke (ambos ex-integrantes do Free) e Boz Burrell (ex-King Crimson). Com o apoio do empresário Peter Grant, também empresário do Led Zeppelin, a banda assinou com o selo Swan Song e lançou um álbum de estreia que vendeu milhões de cópias. Sucessos como “Can’t Get Enough”, “Feel Like Makin’ Love” e “Rock and Roll Fantasy” ajudaram a consolidar o grupo como um dos principais nomes do rock nos anos 1970.
Além de suas principais bandas, Ralphs também colaborou com artistas como George Harrison, com quem compôs “Flying Hour”, e participou de turnês com David Gilmour, do Pink Floyd. Ele também integrou brevemente projetos paralelos e participou de reuniões do Mott the Hoople e do Bad Company até sofrer um AVC em 2016, que o afastou definitivamente dos palcos.
Mick Ralphs deixa a companheira Susie Chavasse, dois filhos, três enteados e os colegas de banda Paul Rodgers e Simon Kirke. O Bad Company será incluído no Rock and Roll Hall of Fame ainda este ano.
Paul Rodgers escreveu: “Nosso Mick se foi, meu coração despencou. Ele nos deixou canções e memórias excepcionais. Foi meu amigo, meu parceiro de composições, um guitarrista incrível e versátil, com um senso de humor extraordinário. Nossa última conversa, há alguns dias, terminou com uma risada — e não será a última. Há muitas lembranças do Mick que ainda vão arrancar sorrisos. Meus sentimentos a todos que o amavam, especialmente à sua única e verdadeira amada, Susie. Te verei no céu.”