A banda paulistana Homeninvisivel, inaugura a nova fase com o lançamento do single ‘Navalhas’, que traz o impacto de palavras dolorosas e a necessidade de se afastar para se reencontrar por meio de um expressivo post-hardcore com nuances de emo e flertes moderados com o shoegaze da fase anterior.
Ouça o single aqui: https://ditto.fm/homeninvisivel_navalhas
‘Navalhas’ dilacera em som e palavras. É um Homeninvisivel entrosado e afiado que canta sobre a busca da cura dentro de si, mesmo quando tudo ao redor parece agressivo. O ‘quarto escuro’ presente em um trecho da letra, representa o isolamento necessário para lidar com feridas da alma.
Nascida em São Paulo, a Homeninvisivel emerge como uma das propostas mais inquietas, barulhentas e autênticas da cena alternativa brasileira contemporânea. A banda não nasceu para entreter. Nasceu para provocar.
E ‘Navalhas’ é apenas o começo, a primeira prévia do EP que será lançado no mês de julho. O single, assim como demais músicas do próximo registro, foi gravado com Dan e Fe Uehara, guitarristas do Bullet Bane, no estúdio Toth, em São Paulo.
Unindo o peso do post-hardcore à densidade emocional do shoegaze e às cicatrizes existenciais do emo dos anos 90, a banda constrói uma sonoridade intensa, completada por letras que ecoam angústias modernas, crises de identidade e a desordem cotidiana de quem vive à margem do centro.
A formação atual é Vinicios Lemos (Baixo/vocal), Felipe “Hari” Martins (Guitarra/vocal), Lucas Barbosa (guitarra) e Felipe “Tucca” Costa (bateria).
A Homeninvisivel
A banda carrega uma ética DIY como espinha dorsal desde a produção dos primeiros singles. A Homeninvisivel nunca esperou ser descoberta e decidiu cavar o próprio caminho.
O som da banda é difícil de rotular, mas bebe de uma mistura potente: a urgência do post-hardcore de bandas como Touché Amoré, a densidade climática de grupos como Slowdive e Nothing, a atitude punk de quem cresceu ouvindo Dead Fish e a poesia concreta de quem foi moldado pelas calçadas cinzas de São Paulo.
As letras tratam de emoções e da complexidade do ser humano, ansiedade urbana, e luta constante por espaço — tanto no mapa quanto na própria pele. Em tempos onde o algoritmo valoriza o efêmero e o plástico, a Homeninvisivel escolhe o caminho oposto: faz música para durar, para ferir, para transformar.
Seus shows são experiências físicas e emocionais, com performances cruas, imprevisíveis e intensas. Cada apresentação é como um rito coletivo de desconstrução, onde o público encontra uma espécie de catarse em meio ao barulho e à fragilidade.
Capa do single
Mais informações
https://www.instagram.com/homeninvisivel/