O mundo do rock recebe nesta nesta terça-feira (22) com imensa tristeza a notícia da morte de Ozzy Osbourne, aos 76 anos. O artista britânico, conhecido como o “Príncipe das Trevas” e um dos padrinhos do heavy metal, faleceu em casa, cercado pela família. A causa da morte não foi divulgada, mas Osbourne enfrentava uma série de problemas de saúde há anos, incluindo um tipo de Parkinson e complicações na coluna que o mantiveram longe dos palcos.
Em comunicado oficial, a família Osbourne declarou:
“É com uma tristeza que palavras não conseguem expressar que precisamos informar que nosso amado Ozzy Osbourne faleceu nesta manhã. Ele estava com a família e cercado de amor. Pedimos a todos que respeitem a privacidade da nossa família neste momento.”
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Nascido John Michael Osbourne em Birmingham, na Inglaterra, Ozzy foi um dos nomes mais revolucionários da história da música. Membro fundador do Black Sabbath em 1968, ajudou a criar um novo gênero, o heavy metal, com seu vocal sombrio e hipnótico, letras macabras e uma presença de palco arrebatadora. Seu vocal inconfundível em músicas como “War Pigs”, “Paranoid” e “Iron Man” marcou gerações.
Ao longo de sua vida, Ozzy foi sinônimo de excessos. Suas histórias de abuso de drogas, episódios polêmicos como o infame momento em que mordeu a cabeça de um morcego no palco e conflitos públicos com a família eram, para muitos, parte do folclore do rock. Mas por trás da lenda estava um artista visceral, frágil e surpreendentemente afetuoso.
Na década de 2000, reinventou-se como astro da televisão com o reality show The Osbournes, exibido pela MTV, que revelou o cotidiano caótico e divertido de sua família. A série o apresentou a uma nova geração, desta vez como um pai desorientado, mas amoroso, e transformou sua figura assustadora em um ícone cultural pop.
Sua morte ocorre menos de três semanas após sua despedida oficial dos palcos, em 5 de julho, no histórico show Back to the Beginning, onde se reuniu com os integrantes originais do Black Sabbath pela primeira vez desde 2005. Emocionado, Ozzy agradeceu ao público:
“Estive paralisado por seis anos e vocês não têm ideia do que sinto. Obrigado do fundo do meu coração.”
Ozzy Osbourne deixa uma marca indelével no rock e na cultura pop. Sua música, sua atitude e sua trajetória de quedas e renascimentos moldaram o imaginário coletivo sobre o que é ser um verdadeiro rockstar. Para milhões de fãs ao redor do mundo, Ozzy foi mais do que um cantor — foi um símbolo de resistência, loucura, arte e, paradoxalmente, ternura.
O rock perdeu hoje uma de suas vozes mais inesquecíveis. O mundo, um de seus personagens mais intensos.
Descanse em paz, Príncipe das Trevas.
