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Homeninvisivel aposta na urgência das palavras e atitudes no EP distantes

Homeninvisivel aposta na urgência das palavras e atitudes no EP distantes

8 de setembro de 2025


A homeninvisivel redefiniu a sonoridade para um post-hardcore /rock alternativo de impacto, com batidas e riffs precisos e melodias/letras inteligentes e provocativas, no sentido de oferecer reflexões sobre a complexidade do ser, estar, sentir, se relacionar, enfim, viver. O resultado está em 15 minutos do EP ‘Distantes’.

Ouça ‘Distantes’ aqui: https://ditto.fm/distantes-homeninvisivel

O show de lançamento do EP acontece no dia 11 de setembro, no Fffront (Vila Madalena), em São Paulo/SP, a cidade base do homeninvisivel. “É mais que um show, é a consagração da nova fase da banda e a gente quer você lá vivendo isso com a gente”, comenta o quarteto.

O evento também terá show das bandas Lunveil e Gürgel. Ingressos aqui: fastix.com.br/events/homeninvisivel-gurgel-lunveil-no-fffront

O registro, com cinco músicas, foi gravado com Dan e Fe Uehara, guitarristas do Bullet Bane, no estúdio Toth, em São Paulo.

O EP mergulha em atmosferas que transitam entre o post-hardcore, emo e shoegaze, destacando arranjos densos, letras reflexivas e uma energia que ecoa tanto nas camadas instrumentais.

A banda é Vinicios Lemos (Baixo/vocal), Felipe “Hari” Martins (Guitarra/vocal), Lucas Barbosa (guitarra) e Felipe “Tucca” Costa (bateria).

‘Distantes’ começa com a forte ‘madrepérola’. Aqui podemos observar a metáfora da tristeza como um afogamento e da solidão como uma presença constante, e isso dá o tom melancólico pra letra dessa música . Há desejo de paz, mas também frustração e a sensação de fracasso nas tentativas de comunicação emocional (“palavras que nunca vou ter coragem pra te dizer”). A mensagem principal é que mesmo tentando, nem sempre conseguimos nos conectar ou sermos compreendidos, e isso também nos marca. A temática central dessa música é sobre solidão, dor e tentativas frustradas de conexão.

Em seguida vem ‘navalhas’, o single do EP. A canção fala do impacto de palavras dolorosas e da necessidade de se afastar para se reencontrar. O “quarto escuro” representa o isolamento necessário para lidar com essas feridas. A cura está dentro de si, mesmo quando tudo ao redor parece agressivo.

A terceira faixa é a enérgica ‘talvez não seja mais tão difícil assim’, que reflete sobre libertação do passado. O “fechar os olhos” é tanto sobre escapismo quanto sobre coragem de romper com padrões destrutivos. As temáticas principais andam por meio de assuntos sobre libertação, desapego e possível “renascimento”, pois a dor ensinou, e agora há espaço para desapegar do que fere, mesmo que ainda haja dúvidas sobre o que virá depois.

‘quase um fim’, na sequência, traz a verve do emo dos anos 2000. Aqui, o sujeito lírico tenta esquecer traumas e dores como um mecanismo de defesa. A negação se torna rotina (“repetir um dia a mais”) até que o silêncio e o vazio o tomam por completo. A temática principal por trás da letra é falar sobre a negação da dor e a reconstrução, trazendo a mensagem de como a repressão emocional cobra seu preço, mas no caos ainda há um espaço de renascimento.

O EP fecha com ‘distantes’. A música trata da separação entre duas pessoas (não necessariamente pessoas que tem um relacionamento amoroso) com visões ou trajetórias diferentes. Um deles sonha alto (“tocar o céu”), enquanto o outro permanece estagnado. Há uma tentativa de caminhar juntos, mas a diferença é irreconciliável. A mensagem principal por trás desse som é a aceitação sem rancor de que nem todos seguem o mesmo caminho. O “eco longe demais” simboliza uma distância emocional irreversível, mas sem ressentimento. Pra completar: a temática central fica firmada sobre falar da desconexão e aceitação do afastamento.

A Homeninvisivel

A banda carrega uma ética DIY como espinha dorsal desde a produção dos primeiros singles. A Homeninvisivel nunca esperou ser descoberta e decidiu cavar o próprio caminho.

O som da banda é difícil de rotular, mas bebe de uma mistura potente: a urgência do post-hardcore de bandas como Touché Amoré, a densidade climática de grupos como Slowdive e Nothing, a atitude punk de quem cresceu ouvindo Dead Fish e a poesia concreta de quem foi moldado pelas calçadas cinzas de São Paulo.

As letras tratam de emoções e da complexidade do ser humano, ansiedade urbana, e luta constante por espaço — tanto no mapa quanto na própria pele. Em tempos onde o algoritmo valoriza o efêmero e o plástico, a Homeninvisivel escolhe o caminho oposto: faz música para durar, para ferir, para transformar.

Seus shows são experiências físicas e emocionais, com performances cruas, imprevisíveis e intensas. Cada apresentação é como um rito coletivo de desconstrução, onde o público encontra uma espécie de catarse em meio ao barulho e à fragilidade.

Mais informações

https://www.instagram.com/homeninvisivel/

https://linktr.ee/homeninvisivel

https://www.youtube.com/@homeninvisivel-br/videos