Memory Remains

Memory Remains: Nuclear Assault – 39 anos de “Game Over” e a estreia em grande estilo

7 de outubro de 2025

Há 39 anos, em 7 de outubro de 1986, o Nuclear Assault lançava “Game Over“, o álbum de estreia de uma das bandas mais importantes de Crossover Thrash da história, e que é tema do nosso Memory Remains desta terça-feira.

O Nuclear Assault foi formado em 1984, pelo baixista Dan Lilker, que participou de uma das primeiras formações do Anthrax, gravou “Fistfull of Metal“, álbum de estreia da banda, onde tocou guitarra, mas foi demitido por Neil Turbin, sem que o restante da banda tivesse conhecimento. Ele se juntou a John Connelly, que também havia passado pelo Anthrax.

Completaram a formação o guitarrista Mike Bogush e o baterista Scott Duboys, que depois foram substituídos por Anthony Bramante e Glenn Evans, respectivamente. Eles começaram a escrever letras com temas que tratavam sobre política, críticas sociais e o capitalismo. Neste mesmo período, Dan Lilker se juntou a Scott Ian e ambos criaram o S.O.D..

Eles fizeram a primeira apresentação no Brooklin, em abril de 1985. Lançaram ainda duas demos, uma no ano de 1985 e outra em 1986, que já traziam algumas das músicas que estariam presentes aqui em “Game Over“, como “Life, Suffer, Die“, “Radiation Sickness“, “Betrayal” e “Hang the Pope“. Alguns afortunados que conseguiram a sua cópia, já tinham uma ideia do que a banda iria aprontar na cena.

Eles conseguiram um contrato com a Combat Records, se juntaram ao produtor Alex Perialas e foram para o Pyramid Sound, localizado em Ithaca, onde o debut álbum foi gravado, no mês de maio de 1986. A música “Sin” foi escrita por Dan Lilker ainda nos tempos em que ele estava no Anthrax e acabou sendo aproveitada em sua nova banda.

O Nuclear Assault estreou com os dois pés na porta, trazendo um ótimo Crossover Thrash. O álbum possui treze faixas e duração total de 35 minutos. A versão em cassete tinha uma música chamada “Lesbians“, que não estava na versão em CD. Os destaques ficam por conta de músicas como “Sin“, “Betrayer“, a instrumental “Life, Suffer, Die”, além da faixa-título.

A imprensa especializada fez elogios medianos ao álbum, mas os fãs abraçaram a nova banda que emergia na cena de Nova Iorque. No ano de 2005, nosso homenageado entrou no livro da revista Rock Hard, que listou os 500 maiores álbuns de Rock e Metal da história. “Game Over” foi listado na posição de número 287.

A banda caiu na estrada para divulgar seu álbum de estreia. Em 1987, a banda fez uma turnê pela Europa ao lado do Agent Steel e do Atomkraft. Antes disso, gravaram e lançaram um EP, “The Plague“. Este acabou sendo o último lançamento da banda pela Combat. Ainda que o contrato dizia que a banda deveria gravar alguns álbuns com o selo, eles se sentiram desprestigiados e acabaram assinando com a IRS Records.

Assim começava a história de uma das grandes bandas de Thrash Metal da costa leste dos Estados Unidos e que se juntaria ao Anthrax e Overkill como as referências do estilo naquela região. A banda mateve-se ativa, se separando e voltando em diferentes oportunidades, até que em 2022 fizeram o último show juntos. Hoje é dia de celebrar esse clássico que se aproxima dos 40 anos. Vamos torcer por um retorno da banda no futuro.