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Sodade confronta ciclos de vida no EP ‘Naskimentu, Resisténsia, Despedida’

Sodade confronta ciclos de vida no EP ‘Naskimentu, Resisténsia, Despedida’

26 de outubro de 2025


A banda paulistana de metal soturno Sodade acaba de lançar o EP Naskimentu, Resisténsia, Despedida, quatro músicas que propõem uma jornada pelo nascimento, resistência, vazio e fim, refletindo sobre os ciclos que compõem a existência individual e social.

Ouça o EP clicando aqui: https://open.spotify.com/intl-pt/album/4Bp38O0lQGfgaze4bLCKoF

A sonoridade do álbum leva ao limite a fusão entre post-metal, sludge e post-black metal. Neste registro, o quinteto traz uma abordagem dinâmica, que alterna peso, silêncio e atmosfera.

Em “ORTO”, o início é marcado por tensão crescente e ruptura sonora, enquanto “INERTIA” traduz o peso da resistência em riffs lentos e sufocantes.

“LACUNA”, faixa instrumental, funciona como intervalo e reflexão, e “VALE” encerra o ciclo com uma melancolia expansiva, transformando agressividade em vastidão.

A capa do EP é fundamental para absorver este lançamento. Música e letras partem do conceito embutido na gravura de Boëtius Adamsz. Bolswert, ‘Alegoria no Mundo’ (do século 16), narrando as etapas da vida. A palheta minimalista (branco/vida, preto/morte) é trespassada pelo dourado, o fio mitológico da existência.

Liricamente, o disco se concentra na repetição dos ciclos vitais e nas forças que movem e esgotam o indivíduo. As letras abordam o surgimento da consciência, a luta contra a inércia e a aceitação do fim como parte inevitável do recomeço. Para a banda, esse é um registro de transição, a síntese de um processo de introspecção e a declaração artística mais direta que o grupo produziu.

Formada por um núcleo fluido de músicos e colaboradores, o Sodade entende sua proposta como um projeto em movimento, aberto à experimentação e ao diálogo entre diferentes expressões artísticas. A banda transita entre gêneros sem se prender a rótulos e busca construir uma identidade sonora que una o peso do metal contemporâneo à liberdade criativa do campo experimental.

A música, segundo o coletivo, é o canal mais autêntico de expressão, um espaço de liberdade, confronto e reflexão.

Naskimentu, Resisténsia, Despedida traduz essa postura: um registro que encara o som como pensamento livre, em acordes, ruído e silêncio.

O Sodade é recomendado para fãs de Cult of Luna, Gaerea, Kardashev, A.A. Williams, Basalt, Amenra, Oathbreaker e Noala.

Sodade nas redes

www.instagram.com/sodade.band

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