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Christopher Cross embala noite de São Paulo com nostalgia e hits

Christopher Cross embala noite de São Paulo com nostalgia e hits

8 de dezembro de 2025


Crédito das fotos: Giuliana Peramezza (@giuperavisual)

Vencedor dos prêmios Grammy, Oscar e Globo de Ouro; a carreira do texano Christopher Cross alcançou enorme sucesso no início da década de oitenta. Apesar de militar no universo do pop rock, ele iniciou sua jornada no começo dos anos setenta fazendo parte de uma banda de hard rock chamada Flash; considerado um guitar hero no Texas, chegou a substituir Richie Blackmore em uma apresentação do Deep Purple por conta de uma doença ter acometido o lendário guitarrista. Dentro do heavy metal, o Saxon ‘coverizou’ uma de suas canções mais populares no álbum ‘Destiny’, “Ride Like The Wind”.

Após nove anos de sua última passagem pelo Brasil, Christopher Cross retorna para quatro apresentações: Curitiba, Porto Alegre, São José dos Campos e na Vibra São Paulo.

O show deste sábado (6), na Vibra São Paulo, começou pontualmente às 21h. Sem muitas firulas, o público ouviu o anúncio “Ladies and gentlemen, please welcome Christopher Cross”, antes de ele iniciar a apresentação com duas de suas canções mais conhecidas: All Right e Never Be the Same.

Christopher Cross é um daqueles artistas que não precisa de maiores efeitos ou malabarismos para encantar. Aos 74 anos, pouco se movimenta no palco – ele desenvolveu uma paralisia temporária nas pernas causada por sequela da COVID – mas sua voz suave continua soando igual há décadas atrás, além de ser um exímio guitarrista. Acompanhado de uma excelente banda, todos tiveram seu espaço para brilhar, com destaque para o pianista Jerry Leonide e seu solo introdutório de “Sailing” causando verdadeira comoção na plateia.

Em apresentação marcada pela nostalgia, clássicos como “I Really Don’t Know Anymore” e “Arthur’s Theme (Best That You Can Do)” são recebidos com aplausos e gritos. Essa predileção pelos seus primeiros lançamentos deixou a parte mais recente de sua carreira praticamente esquecida – apenas “Simple” é uma canção deste século – e esse é um dilema enfrentado por todo artista com uma carreira calcada em décadas passadas.

Outro momento marcante foi um pequeno setlist acústico com três canções com destaque para um dueto entre Christopher e a backing vocal Elizabeth em “I Know You Well”.

“Ride Like The Wind” foi sem dúvida a canção que mais levantou o público – e sim, ela tem uma ‘pegada’ próxima ao rock, especialmente pelo ótimo solo de guitarra. Com a banda se despedindo, ficam apenas Christopher e o pianista Jerry Leonide para executar a bela e triste “Think Of Laura”.

Não houveram pirotecnias e nem maiores efeitos, ‘apenas’ uma apresentação recheada de canções que marcaram gerações. Presenciar esse show foi como beber uma cerveja gelada em um dia quente….algo que revigora e deixa uma sensação de satisfação.

Formação:

Christopher Cross – guitarra e vocal

Francis Arnaud – bateria

Kevin Reveyrand – baixo

Jerry Leonide – piano

Andy Suzuki – saxofone

Jewelee, Lisbet e Elizabeth – vocais de apoio

 

Setlist

All Right
Never Be The Same
I Really Don’t Know Anymore
Alibi
Sailing
Walking In Avalon
You
Arthur’s Theme (Best That You Can Do)
Talking In My Sleep
I Know You Well
Simple
The Light Is On
No Time For Talk
Ride Like The Wind
Think Of Laura

Galeria do show