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Machine Head fecha turnê com show magnífico em São Paulo

Machine Head fecha turnê com show magnífico em São Paulo

30 de outubro de 2023


Crédito das fotos: Carlos Pupo/Headbangers News

Antes de mais nada, é preciso falar do show impecável do Project46 na abertura, a precisão dos guitarristas Jean Patton e Vinicius Castellari comandando os riffs insanos é coisa de outro mundo. Um alienígena também está presente nas baquetas, pois o que toca Betto Cardoso é inexplicável. Único problema aconteceu nas primeiras músicas, onde o microfone do vocalista Caio MacBeserra estava muito baixo, mas aos poucos tudo foi corrigido.

O mais incrível foi ver como muitos fãs do Project46 estavam presentes e cantavam com fervor todas as músicas. Ao final, onde foi tacada “Foda-se – Se Depender de Nós”, um momento onde a interação com o publico foi espetacular.

Machine Fuckin’ Head! Machine Fuckin’ Head! Era assim que o som das vozes que ecoavam no Tokio Marine Hall na noite de domingo, 29 de outubro de 2023, chamando uma das melhores bandas da música pesada dos últimos tempos. Às 20h45 as luzes se apagam e o setlist começa com “Imperium”, a inevitável euforia toma conta do local e a multidão grita junto com o vocalista Robb Flynn: “Hear Me Now!” Após um empurra empurra por conta da abertura do Mosh, as coisas se acalmam e é possível ver como Flynn tem uma ótima presença de palco. O baixista Jared MacEachern, o segundo membro mais antigo da banda, também tem ótima presença e interação, faz os backing vocals com perfeição e ajuda bastante Flynn. Vogg Kieltyka, cuja sua banda principal é o Decapitated, pareceu meio tímido e foi se soltando aos poucos. O cara toca muito. Quem aparece pouco por estar atrás do kit é o baterista Matt Alston, mas ele compensa com uma performance impecável.

A banda emenda seu clássico “Ten Ton Hammer” com a mesma energia, e inicia uma ótima mescla de execuções com trabalhos mais recentes. O que deu pra perceber é o ótimo uso das cores da iluminação, que variam entre as cores das capas dos álbuns. Em “Locust” as luzes eram mais focadas no verde, em “Aesthetics Of Hate” eram mais brancas e acinzentadas, em “Cathrasis” mais vermelhas, tudo sempre de acordo com o álbum.

O público cantava todas as músicas, principalmente as mais melódicas como “Now We Die”, “Unhallowed” e “Darkness Within”, essa última sendo o ápice do show como todos cantando com muita emoção. A banda ainda surpreendeu tocando “Seasons In The Abyss” do Slayer após uma brincadeira de Flynn onde ele apresentava quatro covers: “Whiplash!” do Metallica, “All The Small Things” do Blink-182, “Hallowed Be Thy Name” do Maiden, além da já citada do Slayer. Pra qual o público gritasse mais, eles tocavam. Claramente ganhou o Slayer, mas eles fizeram uma pegadinha e tocaram o início da música do Blink-182 em um momento bem descontraído.

Caminhando para o final, os clássicos aparecem e elevam mais uma vez o clima lá no alto. Primeiramente com “Davidian” e foi aí que começou a porradaria novamente em uma performance arrebatadora. Fechando o show tivemos a clássica “Halo”, onde a banda se manteve perfeita e executou com maestria a faixa de quase 10 minutos e seu clima épico fechando a performance de forma magnífica.

Simplesmente um dos melhores show no qual o que vos escreve já esteve presente, uma energia caótica e satisfatória na qual o peso e melodia se encontram perfeitamente. Um time de músicos altamente competentes que entregam um espetáculo musical e visual muito gratificante. Obrigatório ter esse show no currículo.

Setlist:

Imperium
Ten Ton Hammer
Choke on the Ashes of Your Hate
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Now We Die
The Blood, The Sweat, The Tears
Unhallowed
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None but My Own
Take My Scars
Locust
Is The Anybody Out There?
No Gods, No Master
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Seasons In The Abyss (Slayer Cover)
Old
Aesthetics Of Hate
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Vogg Solo
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Darkness Within
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Cathrasis
Bulldozer
From This Day
Davidian
Halo

Galeria do show