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Primal Fear mostra a força do heavy metal em domingo movimentado em SP

Primal Fear mostra a força do heavy metal em domingo movimentado em SP

30 de outubro de 2023


Crédito das fotos: Paula Cavalcante/Headbangers News

A chuva marcou presença no ocupado domingo (29) para um fã de metal. Na mesma noite, o Primal Fear se apresentava no Fabrique, enquanto o Marduk tocava no Vip Station, Machine Head se apresentava no Tokio Marine Hall e, para finalizar, o Obscura ocupava o Carioca Club. Quatro shows na mesma noite acabaram dividindo o público, o que era de se esperar. No Fabrique, a casa estava marcada para abrir às 18h, o que não aconteceu. Às 18h20, quando cheguei, a banda ainda passava o som e as portas foram liberadas apenas por volta das 18h35. Os fãs entraram empolgados na casa, animados com o que ouviram na passagem de som do lado de fora. Apesar de não estar de casa cheia, o público presente fazia um bom volume. Quem estava ali, estava animado para assistir o heavy metal tradicional executado pelo Primal Fear em sua nona passagem pelo país.

Apesar do atraso das portas, o Primal Fear foi pontual. Às 19h30, o sample de “Primal Fear” serviu de prelúdio para “Chaimbreaker”, assim como no disco de estreia da banda, o autointitulado lançado em 1997. Ralf Scheepers, logo de cara, mostrou porque é um excelente vocalista. Sem Mat Sinner, afastado da banda por problemas de saúde, Alex Jansen cumpre o papel do baixista, ajudando a dar voz a banda nos backing vocals. Com o público participando muito, “Rollercoaster” abriu caminho para a dobradinha “The World Is On Fire” e “Deep in the Night”, ambas do disco Code Red, elogiado novo álbum da banda, lançado em setembro deste ano. Antes disso, o baterista Michael Ehré acompanhou os fãs tocando a batida clássica de “We Will Rock You”, do Queen, enquanto gritavam “Primal Fear, Primal Fear”. Ralf entrou na brincadeira e cantou o começo do clássico até o refrão. “Face the Emptiness” veio antes de “Another Hero”, faixa que abre o álbum que a turnê atual vem divulgando. Antes desta última, enquanto conversava com o público, Ralf elogiou o fato dos brasileiros cantarem alto e muito bem e até chamou uma fã da grade de “Tchutchuca” em tom de brincadeira.

A dupla de guitarristas, Tom Naumann e Alex Beyrodt ajudavam a animar o público, não que houvesse a necessidade. Todos os refrões, melódicos e cativantes, eram cantados em peso pelos presentes, sempre acompanhando a banda nas palmas. “Nuclear Fire”, do álbum de mesmo nome, teve seu início cantado pela galera, levando todos ao delírio. Logo na sequência, “Hear me Calling” foi a escolhida para representar “Metal Commando”, álbum que não pode ter sua divulgação feita dada a pandêmia. A belíssima balada “Fighting the Darkness” teve o público balançando os braços com Ralf no refrão, contando também com um solo de guitarras estendido. Depois de Ralf se divertir fazendo vocalizações com os fãs, “King of Madness” veio antes de “The End Is Near”, faixa que demonstra a clara influência que os alemães possuem de Judas Priest. Aparentemente foi necessário uma troca de pele na bateria e, depois disso, a excelente “When Death Comes Knocking” trouxe seu refrão melódico cantado por todos. Depois de apresentar a banda, “Metal is Forever” fez a alegria da galera. Após a saída do palco no fim de “Final Embrace”, a banda voltou para executar “Angel in Black” e “Running in the Dust”, música que reforça as fortes influências do metal tradicional na carreira do Primal Fear. Com “Forever” tocando no som da casa, a banda ainda brincou com o público, balançando os braços no refrão.

 

Esse retorno do Primal Fear à capital paulista entra em uma lista de shows que eu, particularmente, gosto muito: Shows em que o público torna tudo melhor. A empolgação dos fãs gritando o nome da banda a cada intervalo de música, participando dos refrões cantando e batendo palmas, respondendo a cada interação, tudo isso torna o espetáculo ainda mais especial. A gratidão da banda ficou estampado em seus rostos, todos felizes ao ver o público animado daquela forma. Dessa maneira, o Primal Fear mostrou claramente como o heavy metal tradicional ainda possui sua força na cena e que, de fato, o metal é para sempre.

SETLIST – PRIMAL FEAR

1 – Primal Fear

2 – Chainbreaker

3 – Rollercoaster

4 – The World is on Fire

5 – Deep in the Night

6 – Face The Emptiness

7 – Another Hero

8 – Nuclear Fire

9 – Hear me Calling

10 – Fighting the Darkness

11 – King of Madness

12 – The End is Near

13 – When Death Comes Knocking

14 – Metal is Forever

15 – Final Embrace

BIS

16 – Angel in Black

17 – Running in the Dust

Agradecimento especial aos sites Heavy Metal Online e Metal no Papel pela parceria nesta cobertura. 

Galeria do show