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Rotting Christ leva intensidade e devoção ao metal ao Carioca Club

Rotting Christ leva intensidade e devoção ao metal ao Carioca Club

4 de março de 2024


Crédito das fotos: Jéssica Marinho/Headbangers News

A banda grega de black metal Rotting Christ está atualmente na América do Sul colhendo frutos de um trabalho que já dura décadas. Assistir a um show de uma banda tão bem ensaiada, com um histórico tão emblemático, não poderia ser nada mais que espetacular. Tudo isto está agora escrito para sempre no livro lançado pela Estética Torta, com tradução de nosso colega jornalista Marcelo Vieira intitulado “Non Serviam: A Biografia Oficial do Rotting Christ”. Sakis Tolis (vocais, guitarra) e Themis Tolis (bateria), irmãos e fundadores da banda, trouxeram consigo clássicos que fizeram a alegria daqueles que testemunharam os gregos ao vivo naquela quinta-feira à noite. A formação ao vivo da banda é completada pelo baixista Kostas Heliotis e pelo guitarrista Kostis Foukarakis e juntos tocaram músicas de toda a carreira da banda, incluindo faixas emblemáticas como “666”, “P’unchaw kachun- Tuta kachun”, “Demonon Vrosis” e “Kata Ton Daimona Eaytoy”.

Desde o início, a energia no Carioca Club era palpável. A abertura com “666” (retirada do grandioso “Kata Ton Daimona Eaytoy” (2013) imediatamente estabeleceu o tom para uma noite de pura intensidade e devoção ao metal. Seguindo com “P’unchaw kachun- Tuta kachun” e “Demonon Vrosis”, a banda mostrou sua habilidade em criar uma atmosfera densa e envolvente, arrastando a audiência para dentro de seu mundo sombrio.

A performance de “Kata Ton Daimona Eaytoy” foi um dos pontos altos da noite, com seu peso absurdo e letras poderosas, demonstrando a maestria de Sakis Tolis como frontman. “Apage Satana” e “In the Name of God” seguiram, mantendo a energia em alta com suas mensagens provocativas e instrumentação impecável da banda.

O cover de “Societas Satanas”, um clássico do Thou Art Lord que foi um projeto paralelo de Sakis Tolis, foi recebido com entusiasmo, evidenciando a influência que o vocalista/guitarrista trouxe para sua banda principal. Este momento foi um destaque e arrepiou aqueles que estavam presentes na casa de shows.

Outros momentos notáveis incluíram “King of a Stellar War” e “Archon”, que ressoaram particularmente com os fãs de longa data (ambas do Triarchy Of The Lost Lovers (1997)), enquanto “Non Serviam” serviu como um poderoso lembrete do poder criativo da banda. “In Yumen-Xibalba”, “Grandis Spiritus Diavolos”, “The Raven” e “Noctis Era” fecharam a noite, cada uma adicionando camadas à rica tapeçaria musical que Rotting Christ teceu ao longo dos anos.

A performance foi uma jornada através da discografia da banda, celebrando tanto os clássicos quanto as novas adições ao seu repertório. A habilidade técnica e a presença de palco dos membros da banda foram inquestionáveis, criando uma experiência ao vivo que foi ao mesmo tempo visceral e transcendental. A interação com o público foi genuína, com Sakis e seu irmão Themis expressando gratidão pela presença e pelo apoio dos fãs.

Em resumo, o show do Rotting Christ no Carioca Club foi uma celebração do black metal, da cultura e da comunidade que a banda ajudou a moldar. Foi uma noite memorável, não apenas para os fãs da banda, mas para este que escreve esta resenha. A energia, a paixão e a arte expressas naquela noite reafirmaram o Rotting Christ não apenas como ícones do metal, mas como exemplo de que o esforço e o amor pela música sempre trazem resultados impressionantes. Bravo!

SETLIST:

666

P’unchaw kachun- Tuta kachun

Demonon Vrosis

Kata Ton Daimona Eaytoy

Apage Satana

In the Name of God

Pix Lax Dax

King of a Stellar War

Archon

Non Serviam

Societas Satanas

(Thou Art Lord cover)

In Yumen-Xibalba

Grandis Spiritus Diavolos

The Raven

Noctis Era

 

Encore:

The Sign of Evil Existence

Fgmenth, Thy Gift

Galeria do show