Entrevistas

Martín Furia (BARK): “A banda O Rappa, liricamente, é algo que pode estar próximo do que fazemos”

Martín Furia (BARK): “A banda O Rappa, liricamente, é algo que pode estar próximo do que fazemos”

12 de janeiro de 2021


Guitarrista Martín Furia

Christophe Brysse

Guitarrista Martín Furia

Bark é um grupo de metal originário da Antuérpia, na Bélgica, que vem ganhando notoriedade principalmente na América Latina, com seu recente trabalho ‘Written in Stone’. O disco recebeu boas críticas da imprensa especializada, e a banda anunciou essa semana que o álbum já está disponível no Brasil através do selo Your Poison Records.

O novo disco traz uma banda mais pesada e profissional, como nunca antes, transformando este trabalho em um álbum de extremos, no qual a brutalidade encontra a melodia de uma forma mais do que selvagem. Para falar mais sobre a banda e a experiência com brasileiros, o guitarrista Martín Furia concedeu uma entrevista ao site Headbangers News, onde também conta mais sobre a recepção dos fças e os planos para o futuro.

Muitos classificam o Bark como Groove Metal, embora é possível perceber outras influências em sua música. Como podem descrever a música que o Bark faz?

Todos nós viemos de estilos diferentes e acho que conseguimos colocar nossas influências em nossa música. Tem de tudo um pouco, Heavy Metal, Thrash Metal, Rock, Hardcore, Death Metal, algumas pitadas de Black Metal em algumas tonalidades, é uma mistura de tudo que gostamos. Gosto de descrever o BARK como uma banda de metal sem mais extras na frente ou atrás, porque é realmente um som de metal, temos bateria forte, baixo distorcido e guitarras e vocais matadores, não há mistério em nosso som, é metal.

O que vocês acham que seja o diferencial de BARK?

Bem, talvez a capacidade de misturar todas essas influências diferentes e fazer algo que soe bem e que possamos gostar e nos identificar como músicos.

Bark lançou recentemente o disco ‘Written in Stone’, como vocês sentiram a recepção da mídia e dos fãs com este trabalho?

Oh, tem sido incrível! Nossos fãs são ótimos, eles gostam que nossos álbuns sejam sempre um pouco diferentes dos anteriores e eles realmente gostaram de “Written in Stone”. No Benelux já temos seguidores e a banda é conhecida, mas na América Latina por exemplo éramos desconhecidos e até agora a resposta tem sido fantástica, tanto na imprensa quanto no público.

O álbum foi feito inteiramente pela banda, desde a composição até a mixagem final. Como é ter o total controle na hora de criar um novo trabalho? Pretende fazer isso nos próximos?

Normalmente fazemos assim, a diferença desta vez é que até mixamos o álbum. É uma arma de dupla face, você sabe, você tem controle de absolutamente tudo o que poderia ser ótimo ou poderia ser muito ruim, no sentido de que é fácil ficar um pouco confuso com a proximidade que você tem da música e começar a adivinhar ou perder o foco. Mas foi uma experiência ótima e muito agradável, da qual estamos muito orgulhosos e provavelmente faremos isso no futuro também.

BARK tem investido muito na América Latina. Como enxergam a cena do Metal na região? Pretende investir mais por aqui?

Eu sou argentino e morei lá por 30 anos da minha vida. Acho que a cena é ótima e sempre quis lançar nossos álbuns lá e ir tocar. Por uma razão ou outra não era possível antes, agora tudo parece estar alinhado da maneira certa e esperamos fazer nossa primeira tour Sul-americana o mais rápido possível. Tenho certeza de que Bark é uma banda que se encaixa perfeitamente na América Latina e espero que seja a primeira de muitas visitas lá.

A arte da capa de ‘Written in Stone’ foi feita pelo brasileiro Alcides Burn, e o disco terá distribuição no Brasil pelo selo Your Poison Records. Como tem sido trabalhar com essas marcas brasileiras?

Foi ótimo, Alcides já é um artista muito conceituado. Produzi o último álbum da Eskröta, “Cenas Brutais”, junto com Prika Amaral em janeiro de 2020 e ele fez a arte, gostei muito e tinha acabado de terminar a produção de Bark e achei que seria uma boa combinação, e foi. A indicação da gravadora Your Poison Records veio do Alcides, ele apresentou a banda ao selo e eles gostaram e nosso disco já está diponível no Brasil através deles. Estou muito feliz com nosso trabalho junto com os dois e pretendo continuar no futuro com eles.

Falando em trabalhar com grandes nomes no Brasil, vocês podem citar bandas brasileiras que o BARK gosta ou se inspira?

Em primeiro lugar, e lá no alto da lista, claro está o Sepultura, todos nós somos fãs obstinados. Depois tem de tudo um pouco, Ratos de Porão, Nervosa, Torture Squad, Krisiun O Rappa liricamente é algo que pode estar próximo do que fazemos também. Tenho muuuuuuito tempo de conexão com o Brasil desde os tempos em que tocava com Jesus Mártir, estive muito no Brasil e é um país que amo e adoraria morar lá um dia!

Quais os planos para o futuro, quando o mundo voltar ao normal?

Tocar muito tanto quanto pudermos!

 para nossos leitores?

Obrigado a todos pelo incrível apoio que estamos recebendo, realmente esperamos encontrar todos vocês neste ou no próximo ano! Stay Metal!

Alcides Burn