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Banda da Hora lança ‘Cores’, música inspirada na expectativa do reencontro

Banda da Hora lança ‘Cores’, música inspirada na expectativa do reencontro

13 de maio de 2022


“A cor da roupa, a cor do perfume, a cor da voz, a cor do toque. Quais são as cores que as pessoas vão ter?” Com os cinco sentidos ganhando coloração na imaginação de Daniel da Hora durante o período de isolamento, não seria estranho que o compositor os levasse também para uma letra de música. “Cores” é uma canção composta durante a pandemia, mas não fala sobre isso. O novo single do EP da Banda da Hora – que vem sendo lançado pouco a pouco pelo selo Algorock e já reúne “Live Particular”, “Mudar de Galáxia”, “E Se” e “Não Vou Parar” – fala sobre reencontro. Um novo encontro, no qual Da Hora se propõe a explorar os cinco sentidos, algo que faz também no clipe lançado simultaneamente.

“O contexto é a expectativa do reencontro e a inspiração, a imaginação. A escolha foi um caminho sensorial, de explorar cada um dos sentidos, fazendo metáforas com as cores. Quais serão as cores que as pessoas vão ter? A visão, a audição, o olfato, o tato, o paladar do beijo… Como a pessoa está depois de tanto tempo?”, elabora Daniel.

“A cor do amor / Combina com a cor do gosto / Dos teus lábios, teus beijos / Teu sorriso no rosto / Qual  / Será que vai ser a cor / Da combinação de roupa, / Sapato, cinto e humor?”, canta Léo Ferrera, convidado da vez para assumir o vocal da Banda da Hora, que a cada single traz um cantor para dar sua cor à composição de Daniel. Mineiro da cidade de Sete Lagoas, Léo participou como ator no videoclipe de “Live Particular”, da banda carioca. Em “Cores”, ele traz a pegada que compositor (Daniel), diretor artístico e A&R do Algorock (Lúcio Fernandes Costa) e produtores musicais (Fabrício Matos e André Vasconcelos) buscavam para o novo lançamento.

“Essa música foi composta como MPB, cheia de acordes dissonantes. Mas, desde que a banda mudou, venho buscando um som mais rock, que é de onde eu vim. Lúcio falou: ‘Vamos testar’. Fizemos duas versões, mas na hora de gravar baixo e bateria, ela caminhou para esse lado, ganhou essa pegada”, conta Daniel.

Com baixo e bateria muito presentes na mixagem, um vocal cheio de interpretação, a faixa poderia estar em um disco d’O Rappa, mas é a mais pura expressão dessa nova fase da Banda da Hora. Fundada em 2016, no Rio de Janeiro, passeando pelo rock, pela MPB e pelo reggae, a banda passou a ser um projeto de um homem só e seus convidados depois que a pandemia levou os integrantes a outros lugares. Uma espécie de The Alan Parsons Project, mas sendo um projeto do compositor, no qual o bandleader não é exatamente o frontman:

“A composição sempre veio primeiro, para mim. A Banda da Hora é um veículo para minhas canções. Componho ao violão, para vários gêneros musicais. Toquei guitarra na primeira fase da banda, depois passei para o violão elétrico. Acompanho tudo de perto, dentro do estúdio. Em ‘Cores’, eu ainda me arrisquei como ator do clipe”.

A bateria é de Thiaguinho Silva, filho de ninguém menos do que Robertinho Silva, um dos maiores bateristas da música brasileira. O baixo ficou por conta de Matheus Alcantara, jovem músico convidado pelos produtores musicais, Fabrício Matos e André Vasconcelos. Fabrício, além de tocar guitarra em “Cores”, gravou, mixou e masterizou a faixa no Estúdio 2, na Barra da Tijuca (RJ), seu estúdio em sociedade com André, que, além de coproduzir, tocou teclados. Fabrício já foi nomeado sete vezes para o Grammy Latino, ganhando duas vezes como engenheiro de som. André já tocou com grandes nomes da MPB e foi produtor nos programas The Voice e Superstar.

Dirigido por China Trindad, o filme foi gravado parte em Sete Lagoas, com Léo Ferrera cantando e se pintando com as mãos, e parte na Fábrica Bhering, no Rio. No atelier da artista plástica Maria Eugênia Baptista, que ensinou aos inexperientes atores a técnica de pintar com as mãos, Daniel da Hora e sua namorada da vida real, a médica Priscila Santos Ferreira, pintam e se reapaixonam nesse reencontro entre compositor e pintora, personagens interpretados pelo casal.

“Tá chegando o tempo de te ver / Depois de tanta espera / Tá difícil me conter / Na memória quero pintar / Todas as tuas cores / Quando a gente se reencontrar”, anuncia a Banda da Hora logo nos primeiros versos da canção, que toca todos os sentidos de quem também um dia já esperou para reencontrar a pessoa amada.