Femegades é uma banda que tem grande potencial para tornar-se global muito em breve, e podemos garantir isso com o lançamento de mais um grande trabalho, o EP ‘Sex Robots’. Além do sentimento através deste álbum, há toda a ideologia e mensagem que a banda passa, provando seu talento e um conjunto de mentes brilhantes fazendo arte, ao estilo DIY e protestante.

‘Sex Robots’ é o terceiro EP de Femegades, na sequência do EP ‘Pornsick’ (2021) e do ironicamente intitulado ‘Not All Men’ (2022), é uma espécie de EP conceitual, retratando uma distopia insinuando-se na vida cotidiana.

‘Sex Robots’ é um disco com a sonoridade oldschool do rock alternativo dos anos 90 com boas doses de grunge, riot grrrl e a estética do garage rock, criando um ambiente moderno e retrô, provando que soube usar todas suas influências e misturar de uma jeito peculiar para criar sua própria identidade no cenário musical. Um choque elétrico de paixão mesclado com uma atitude destemida, Femegades está em constante avanço, subindo impecavelmente na ordem musical com arranjos inebriantes, seu som é algo único, fazendo com que o conjunto da obra seja maravilhoso, desde o visual até a sonoridade exclusiva.

O EP abre com “Broke Bones”, apontando a presão sobre as mulheres com os padrões estéticos estabelecidos pela sociedade, sob riffs de guitarra distorcidos e sujos, bem característicos do rock alternativo dos anos 90, cheios de efeitos destilando a energia do grunge, mas também com um toque punk. “What Is Yours Is Mine” ganha mais peso e violência do punk, tanto nas letras quanto na sonoridade. “No Sex Robots” explora a tecnologia com robôs idealizada por homens para ter a ‘mulher perfeita’, e que no fim, irá substituí-los. Aqui há uma atmosfera mais melódica no som.

“Toolish” foi um dos singles que ganhou videoclipe (assista AQUI), em tom mais melódico, sendo a balada do disco, a canção explora o combate a esta atenção masculina indesejada continua a ser perigoso. Fechando o EP, temos “Depleted”, também tem um videolipe e um fórmula que faz a canção grudar na cabeça. Tudo se completa com os vocais quentes e agressivos que convidam o ouvinte para essa viagem sonora atemporal, muito inspiradas em bandas como Hole, Bikini Kill e L7.

Após conhecer Femegades, com certeza iremos ter vontade de assistir ao show ao vivo, pois prova que são uma banda a para manter atenção, sendo a nova aposta do rock, mantendo o espírito criativo com sons inusitados e uma ambientação típica do riot grrrl, mas com um toque mais melódico. A canção não é tem sonoridade muito suja como o punk rock, é mais suave e prazerosa de ouvir, mantendo a ideologia e a letra muito pertinente. Maravilhosa.

‘Sex Robots’ é a culminação das composições contundentes de Femegades, maduras com sua marca registrada de guitarras de metal em camadas e lirismo sincero. Por meio da música, Femegades divide histórias de uma maneira desconfortável e estranha aos que estão acostumados com o rock mais limpo, mostrando que a banda conseguiu o que queria: incomodar e causar estranheza através de uma música muito bem idealizada e empoderada, mantendo seu protesto sem medo. Femegades não apenas continua a mostrar que não tem medo de se aprofundar em assuntos que outros não tocarão, mas também conta uma história convincente através de sua marca única de militante

Se Bikini Kill e The Clash tivessem um filho amoroso, mas ele fosse criado por Courtney Love, é provável que Femegades fosse esse filho.

Tendo conquistado um distintivo honorário da Riot GRRRL com seu EP de estreia “Pornsick”, abordando temas como mulheres submetidas à violência masculina e consentimento de frente, este quarteto londrino usou o EP ironicamente intitulado “Not All Men” para ultrapassar ainda mais os limites. avançar. Mantendo-se fiel a uma abordagem de fornecer vocais e melodias cativantes e limpas com letras contundentes que são sensíveis ao assunto e entregues com um senso de otimismo.

Com todos os três singles de seu último EP “Sex Robots” sendo tocados na BBC Radio 1, Femegades não apenas continua a mostrar que não tem medo de se aprofundar em assuntos que outros não tocarão, mas também conta uma história convincente através de sua marca única de militante, punk-rock melódico.

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