Hearse Pileup está de volta após 4 anos de hiato com seu explosivo EP de estreia ‘Realise’. Está é uma banda para se manter atenção, pois provam que continuam com a mesma energia e vivacidade dos primeiros singles – Ouça Aqui. Dando sequência a carreira, lançam mais um grande trabalho com um conjunto de três canções que apresentam a ideologia ousada e caótica, junto com o som penetrante e peculiar, que traz uma atmosfera sonora nostálgica ao mesmo tempo que exala um frescor sincero graças a energia jovial e mente visionária dos integrantes.
Este EP prova que a banda soube usar todas suas influências e misturar de uma jeito peculiar para criar sua própria identidade no cenário musical, experimentando diversos gêneros e mantendo sua música fresca e emocionante, mostrando suas habilidades de composição. A prova disse é a faixa-título, que embala o ouvinte em uma introdução cinematográfica cheia de energia e efeitos dos anos 90, com riffs sujos e rápidos, que também tem uma armosfera punk rock. Tudo começa a ficar lindo na seguinte “Grindstone” com sua potência cativante que embala conduzindo a uma roda punk. A canção é um soco na prota, agressivo e potente mantendo a energia mais oldschool do punk, mas com riffs pesados do stoner. As canções conseguem transmitir a mensagem e sentimentos, e é esse o grande diferencial.
‘Realise’ traz uma sonoridade do rock alternativo dos anos 90 com uma atmosfera muito nostálgica ao mesmo tempo que consegue ser contemporanea, com toques fortes e bem encaixados de punk e uma pegada stoner rock. As linhas de guitarra são rápidas e quentes, com riffs charmosos e cheios de efeitos que possuem um alcance admirável e cheio de técnica, a bateria potente e o baixo mantem um groovy forte e técnico e o charme fica por conta dos vocais hipnotizantes.
O disco mantém a frequência, conduzindo o ouvinte em uma viagem sonora inesquecível, com destaque na forma como Hearse Pileup misturou a energia moderna e sonoridade clássica dos anos 90 e criou hits atemporais perfeito para os fãs do estilo, conversando diretamente com seu instrumental e com o ouvinte, transmitindo diversos sentimentos de forma satisfatória, capaz de conquistas os fãs mais saudosistas e exigentes até o público que busca uma sonoridade mais atual – além do lirismo intimista e profundo que o artista usou para expressar seus sentimentos, com certeza o ouvinte irá se identificar.
O EP fecha com “We’re All Goinf to Hell” que é uma das mais profundas em sua sonoridade e volta com a melancolia ao mesmo tempo que é afressiva – que ousadia maravilhosa. Os arranjos e melodia mais densa, torna um hit mais marcante encerrando essa experiência sonora. A canção também foi single, e ganhou um videoclipe que pode ser visto acima.
Por meio da música, Hearse Pileup divide suas histórias de uma maneira encantadora e confortável. A performance é exemplar, inovando no cenário do rock alternativo, como uma montanha-russa emocional transformando seu trabalho em uma obra de arte que vai além da música. Hearse Pileup prova que o rock continua muito vivo e com sua atitude pura.
Hearse Pileup é apenas um dos cadáveres vivos restantes que vagam pelas terras devastadas de Londres, supostamente um grande berço do rock ‘n’ roll. É um coração sem vida, se você quiser. Entre Starbucks e Westfields cinzas e homogeneizados, você poderá encontrá-los se olhar bem, em um dos banheiros sobreviventes ou em espaços ocupados.
Se você deseja ouvir algo “real”, então talvez você tenha vindo ao lugar certo. Você pode esperar receber avisos ruidosos e raivosos, previsões apocalípticas sobre um futuro alarmantemente iminente e pedidos de socorro ocasionais feitos por meio de relatos de comportamento autodestrutivo.
Matt Gaffen começou a banda logo após participar da ocupação da UCL, seu primeiro contato sério com a política. Ele tenta expressar as questões muitas vezes complicadas para as quais desenvolveu consciência de uma maneira direta e gutural, na tentativa de transmitir um alerta para quem quiser ouvir.
O Hearse Pileup percorreu grande parte do circuito de banheiros de Londres em busca dos últimos vestígios de uma cena musical que ainda apoia música e bandas independentes. Eles tiveram a sorte de tocar em locais como The Bird’s Nest, The Amersham Arms, New Cross Inn, The Windmill e The 12 Bar. Eles também tocaram em muitas ocupações, principalmente na última noite de música no bar 12, na noite anterior à polícia arrombar a porta.
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