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Max Cavalera: frontman comemora hoje 53 anos de idade

Max Cavalera: frontman comemora hoje 53 anos de idade

4 de agosto de 2022


4 de agosto, Massimiliano Antonio Cavalera, mais conhecido como Max Cavalera celebra 53 anos de vida. Nascido em Belo Horizonte, onde fundou com o irmão Igor, o Sepultura, em 1984 e hoje ele comemora mais uma primavera com uma apresentação em Curitiba, onde ambos comemoram os 25 anos de “Roots“, o álbum mais emblemático da banda formada pela dupla.

E foi à frente do Sepultura que Max se tornaria a maior lenda do Metal brasileiro. Ele que havia começado como guitarrista, acumulou a função de vocalista, após a saída do hoje conservador e Bolsominion Wagner Lamounier. Com a banda, ele lançou seis discos de estúdio, fez diversas turnês ao redor do mundo e colocou o nome do Brasil na cena da música pesada, ao ir para os Estados Unidos, com a cara e a coragem, voltando de lá com um contrato com o selo Roadrunner. Ele era um visionário e abriu as portas para as bandas que vieram depois.

Max está longe de ser considerado um guitarrista virtuoso, apesar de ser o autor de alguns dos maiores riffs do Metal brasileiro. Ele é conhecido por tocar com apenas 4 cordas de sua guitarra. E em seu livro autobiográfico “My Bloody Roots“, ele explica a razão, um tanto quanto engraçada, podemos assim dizer:

“Comecei a usar apenas quatro cordas logo após o (lançamento de) “Bestial Devastation“. A minha corda quebrou e o roadie Silvio me disse que não tínhamos muito dinheiro e que teríamos de escolher entre comprar um novo conjunto de cordas ou mais bebida e eu lhe disse para comprar mais bebida.(…) E ele me sugeriu que eu retirasse a segunda corda. Me acostumei com aquilo e virou minha marca registrada. Nunca toquei guitarra solo e é algo que não sei fazer até hoje.”

E assim o homenageado ficou marcado, por ser um excelente guitarrista base e responsável por alguns dos clássicos do Metal. No próprio Sepultura, sua guitarra fazia o trabalho da própria guitarra e do baixo, já que ao vivo, esse instrumento é nulo. E nos seus outros projetos, ele sempre se cercou de excelentes músicos, como o Marc Rizzo e agora, Dino Cazares, que o acompanha nesta tour atual pela América Latina. Cazares, aliás, já havia cumprido algumas datas com o Soulfly no ano passado.

A única bola fora do aniversariante foi a declaração que ele deu à imprensa estrangeira de que “não havia uma cena Metal no Brasil”, quando havia sim, bandas como Korzus, Dorsal Atlântica, Ratos De Porão, Chakal, Overdose, Sarcófago (essa última ele jamais iria citar pelas razões que já sabemos), entre outras.

Mas isso não anula as conquistas desta lenda, sejam elas nos doze anos em que passou com o Sepultura, no seu projeto com Alex Newport, o Nailbomb, no Soulfly (que vai lançar amanhã seu novo disco, “Totem” e que você vai poder acompanhar a resenha), no Cavalera Conspiracy, banda que formou com seu irmão após ambos voltarem a se falar após dez anos. Aliás na companhia do irmão, ele mata as saudades dos fãs mais saudosistas (este que vos escreve é um deles), tocando periodicamente na íntegra alguns dos álbuns clássicos do Sepultura. Não podemos nos esquecer do seu trabalho no Probot, o projeto Metal de Dave Grohl em que Max brilhou na música “Red War“ e agora mais recentemente, seu mais novo projeto, o Go Ahead and Die, onde toca com Igor Amadeus, seu filho, irmão de Zyon, que toca com o pai no Soulfly.

Em 2008, a revista “Rolling Stone” promoveu uma Lista dos cem Maiores Artistas da Música Brasileira” e Max Cavalera figura na 47ª posição. Dentro do Heavy Metal, ele com certeza é o maior nome brasileiro, por tudo que fez em nome do seu sonho de levar a bandeira do Brasil lá para o exterior. E a maior virtude dele está na atitude: ele é uma prova de que um rockstar não deve ser conservador. Antifa, desde sempre se preocupou com as causas sociais, basta ver suas composições em letras como “Ambush“, “Dictatorshit” ou “Manifest“, só para ficar em alguns exemplos. O logotipo da atual turnê com o irmão, traz uma bela mensagem, que é um tapa na cara do metaleiro que defende fascista: “O futuro é indígena”, diz a mensagem estampada no banner e nas camisetas a venda

E com todo esse histórico e importância máxima na história do Metal brasileiro, Max Cavalera se faz merecido desta homenagem. E tudo que nós da Headbangers News podemos lhe dizer, além de felicitar os parabéns e felicidades, é desejar longa vida para esta lenda. Que ele continue com seu vigor, produzindo mais clássicos para a música pesada. Na sexta-feira (5) e no domingo (7), nós estaremos presentes nos shows que Max e Iggor irão realizar no Rio de Janeiro e em São Paulo, respectivamente e se você perder esse acontecimento, nós vamos lhe contar tudinho.

 

Feliz Aniversário, Max Cavalera!

Carlos Pupo/Headbangers News