Memory Remains

Memory Remains: Anthrax – 40 anos de “Spreading the Disease” e as estreias de Joey Belladonna e Frank Bello

30 de outubro de 2025


Há 40 anos, em 30 de outubro de 1985, o Anthrax lançava “Spreading the Disease”, segundo álbum da rica discografia desta banda, que é tema do nosso Memory Remains desta quinta-feira, dia de TBT.

O álbum marca as estreias do vocalista Joey Belladonna e do baixista Frank Bello, que entraram nos lugares de Neil Turbin e Dan Lilker, sendo que o primeiro havia sido demitido logo após a turnê do álbum “Fistfull of Metal“. Turbin também havia se desentendido com Dan Lilker antes mesmo do lançamento do primeiro álbum, então, ele não teria vida longa no Anthrax.

Antes de Belladonna, o Anthrax tentou o vocalista Matt Fallon, mas ele não inspirou muita confiança de seus colegas quando adentraram no estúdio. Então, por sugestão do produtor Carl Canedy, eles fizeram um teste com Belladonna, e mesmo este não sendo familiarizado com o Thrash Metal, acabou sendo efetivado e desde 2010 está na terceira passagem pelo Anthrax, sendo este o maior período que ele acumulou na banda.

Nosso quarentão é marcado também por ser o primeiro álbum da banda pela Island Records, em parceria com a Megaforce. É também o primeiro álbum da banda a ter composições escritas pelo ex-baixista Dan Lilker e o último a contar com composições escritas por Neil Turbin.

Matt Fallon foi demitido durante o início do processo de gravação e em 2016, ele alegou em uma entrevista que foi ele o responsável pelas letras do álbum. A banda não replicou o comentário feito pelo ex-companheiro. Jon Zazula, que atuou como produtor executivo, foi o responsável pela letra de “Medusa” e Neil Turbin escreveu “Armed and Dangerous” e “Gung Ho“.

Eles se juntaram ao produtor Carl Canedy e todos foram para o Pyramid Sound, localizado em Ithaca, Nova Iorque, durante o primeiro semestre de 1985, onde gravaram as músicas. A masterização aconteceu no Masterdisk, também localizado no estado de Nova Iorque. Scott Ian também é citado como produtor.

A arte de capa foi desenhada pelos artistas Peter Corriston e Dave Heffernon, que haviam trabalhado no álbum “Physical Graffiti“, do Led Zeppelin, e foi desenvolvida a partir do conceito desenvolvido pelo baterista Charlie Benante, de um homem sendo investigado pelos seus níveis de radiação.

Dando play na bolacha, temos uma profunda mudança sonora em relação ao álbum de estreia, o que mostra que a banda havia amadurecido tanto na parte musical quanto na parte lírica. O Anthrax traz 9 canções em 43 minutos, com destaques para “Madhouse“, “Medusa“, “A.I.R.” e “Gung Ho“, sendo que as duas primeiras ainda são executadas até hoje em dia nos shows da banda.

A crítica especializada teceu enormes elogios ao álbum e para a produção, bem melhor do que no álbum anterior, e nosso aniversariante também caiu no gosto dos fãs, alguns consideram “Spreading the Disease” o melhor álbum já lançado pelo Anthrax. No ano de seu lançamento, o álbum chegou na “Billboard 200“, ocupando a 113ª posição, e neste ano, apareceu nas paradas da Grécia, ocupando a 25ª posição.

A banda chegou a produzir um videoclipe para a faixa “Madhouse“, que não recebeu muita atenção da MTV estadunidense na época, que considerava o conteúdo apresentado no vídeo degradante para pessoas que possuem doenças mentais.

Em 2015, para comemorar os 30 anos do álbum, a Megaforce lançou uma versão deluxe do álbum, que vinha com um CD bônus, contendo uma apresentação ao vivo do Anthrax no Sun Plaza, em Tóquio, em 1987, além de outtakes. Antes disso, em 2004, a banda lançou “The Greater of Two Evils“, com regravações de músicas dos primeiros álbuns, com John Bush no vocal e nosso homenageado teve releituras das músicas “A.I.R.”, “Madhouse” e “Gung Ho“.

A partir daqui, o Anthrax só iria crescer mais e mais, lançando na sequência os três principais álbuns de sua discografia, “Among the Living“, “State of Euphoria” e “Persistence of Time“, este último nós falamos deles por aqui e voltaremos a falar em um momento oportuno.

Hoje é dia de celebrar o mais novo quarentão do Thrash Metal, que como todo bom álbum, envelhece muito bem. A banda segue em plena atividade, só está nos devendo um novo álbum de inéditas, o que não acontece desde 2016, com “For All Kings“. Enquanto eles não se movem no sentido de lançar um novo play, vamos comemorar este clássico chamado “Spreading the Disease“, enquanto desejamos longa vida ao Anthrax.

Spreading the Disease – Anthrax
Data de lançamento – 30/10/1985
Gravadora – Island

Faixas:
01 – A.I.R. 
02 – Lone Justice
03 – Madhouse
04 – S.S.C. / Stand or Fall
05 – The Enemy
06 – Aftershock
07 – Armed and Dangerous
08 – Medusa
09 – Gung-Ho

Formação:
Joey Belladonna – vocal
Scott Ian – guitarra
Dan Spitz – guitarra
Frank Bello – baixo
Charlie Benante – bateria