Memory Remains

Memory Remains: Death – 35 anos de “Leprosy” e o aumento na complexidade das canções

16 de novembro de 2023

Há 35 anos, o Death lançava “Leprosy“, o segundo álbum desta que é uma das maiores bandas de Death Metal de todos os tempos e é tema do nosso Memory Remains desta quinta-feira, pós-feriado.

Após a ótima repercussão do álbum de estreia, “Scream Bloody Gore” (1987), que deu ao Death uma certa notoriedade, mantida até hoje, mesmo com a banda não mais existindo. E no aniversariante do dia, o Death iria se apresentar ainda mais técnico do que no álbum anterior, fato que iria se repetir disco após disco.

O álbum foi lançado novamente pela Combat Records e houve uma troca na produção. Saiu Randy Burns e entrou Dan Johnson. Chuck recrutou dois novos membros para gravar o play: o guitarrista Rick Rozz e o baterista Bill Andrews, sendo este o único de Rick com o Death. Eles foram para o icônico estúdio Morrisound, em Tampa, Flórida, por onde ficaram entre os meses de abril e maio de 1988.

O álbum possui oito faixas em trinta e oito minutos e mostra um Death mais veloz e mais técnico. Músicas como “Pull the Plug“, “Forgotten Past” e a faixa-titulo são as que mais se destacam. “Leprosy” também traz também uma melhora significativa na sua produção, que deixou o som mais polido, e consequentemente, mais potente e pesado, fazendo dele um dos principais álbuns não só do Death, mas do Death Metal de maneira geral.

Play gravado, era a hora de cair na estrada. O Death fez turnês pela Europa, onde tiveram problemas com a organização dos shows, depois passando pela América do Norte. Chuck Schundiler recrutou o baixista Terry Butler e o guitarrista Paul Masvidal, fazendo com que o Death se consolidasse como uma banda emergente no cenário da música pesada.

Algumas músicas do álbum foram regravadas por outras bandas: é o caso da faixa-título, que ganhou uma versão da banda de Blackned Death Metal Akercoke, em seu álbum “Antichrist”, de 2007. A faixa “Pull the Plug” ganhou versões das bandas Callrnish Circle e Revocation. Já a faixa “Open Casket” ganhou uma versão da banda finlandesa de Thrash Metal Mokoma, com letra em finlandês, que ganhou o título de “Avoin Hauta”.

Uma curiosidade é que o segundo riff da música “Choke on It” foi retirado de uma canção antiga do Death, chamada “Rigor Mortis” e lançada apenas como demo, no ano de 1985, antes mesmo de a banda lançar seu primeiro álbum. A revista alemã Rock Hard promoveu uma pesquisa entre seus leitores e o nosso aniversariante do dia ficou na primeira posição em uma lista dos 25 mais importantes álbuns de Death Metal de todos os tempos.

Hoje é dia de celebrar esse discão maravilhoso. Se não temos mais o Death nem o gênio Chuck Schundiler entre nós, o seu legado está aí e deve ser preservado por todos nós. Vamos comemorar esse disco, ouvindo-o no volume máximo. Como eu sempre costumo dizer por aqui, eu ouço gente morta! E seguirei ouvindo! Eles são melhores do que muitos dos que estão vivos!