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Memory Remains: Edguy – 20 anos de “Mandrake” e o Heavy Metal contemporâneo dando as caras

Memory Remains: Edguy – 20 anos de “Mandrake” e o Heavy Metal contemporâneo dando as caras

27 de novembro de 2021


Em 27 de novembro de 2001, há exatos 20 anos, o Edguy lançava o seu 5° disco de estúdio. “Mandrake” é o assunto do nosso Memory Remains deste sábado. Vamos contar um pouco da história desse play e você, caro leitor, é o nosso convidado.

Mandrake” foi o último álbum da banda sob contrato com a AFM. Os alemães assinariam com a Nuclear Blast, onde permanecem até os dias atuais. O aniversariante do dia foi lançado apenas um ano após seu antecessor, o igualmente clássico “Savage Poetry“. A banda se reuniu no “Rhoen Studio“, enquanto que a mixagem e masterização ocorreu no “Finnvox Studio“, com a própria banda assinando a produção. Vamos, sem mais delongas, comentar sobre as onze faixas contidas aqui.

Tears of Mandrake” é a faixa que abre o trabalho e traz um Edguy pesado como jamais visto, em uma música onde as guitarras da dupla Jens Ludwig e Dirk Sauer duelam com o teclado de Tobias Sammet, que completa com sua bela e potente voz sendo a cereja do bolo. Grande música. “Golden Dawn” é uma bela música, que mescla partes Prog nas estrofes e vira um baita Power Metal no refrão, nos remetendo ao Helloween dos bons tempos.

Jerusalem” começa com um violão puxando a música, dando a impressão de que será uma balada, mas não, o ouvinte se engana e o que temos aqui é uma bela canção, bem puxada para o Prog. Pesada, técnica e novamente com a voz de Tobias Sammet sendo o destaque. Como canta esse alemão. “All the Clowns” é um Power Metal com muita influência de Helloween, melódica e com um refrão chiclete. Muito boa.

Nailed to the Wheel” começa lentinha e dá a impressão de que vai ser uma balada, mas nos engana completamente. Ela ganha um peso absurdo, e as batidas de Feliz Bohnke contribuem predominantemente para isso. Os agudos de Sammet no refrão são também a se destacar. Depois da faixa de abertura é disparada, a melhor faixa do disco. Em seguida temos a faixa mais longa do play e ela atende pelo nome de “The Pharao“, com seus mais de dez minutos e tem uma pegada bem prog, com ótimos riffs, sendo o destaque a dupla de guitarristas Jens Ludwig e Dirk Sauer, que em tanto tempo de música, mostraram muita versatilidade em seus instrumentos.

Divulgação/ Nuclear Blast

Wash Away the Poison” é uma baladinha, muito bem executada, com boas harmonias, enquanto que “Fallen Angel” devolve a banda ao Power Metal relativamente veloz, com os bumbos duplos de Felix Bohnke norteando tudo, enquanto que “Painting on the Wall” aposta no Hard ‘n’ Heavy, sendo também um dos bons momentos do álbum, sobretudo por seu refrão chiclete.

O play tá chegando no final e temos “Save us Now“, que devolve a banda ao caminho do Power Metal, bem feito, relativamente veloz e até mesmo clichê para a época, quando muitas bandas praticavam esse som e muitas pareciam covers delas mesmas, caracterizando assim a nova onda do Heavy Metal contemporâneo. A música não é ruim, ao contrário, tem suas qualidades e o destaque vai para uma virada de bateria sensacional por Felix Bohnke ali pelo meio. “The Devil and the Savant” é o capítulo final da obra e eles encerram com uma canção correta, puxada para o Prog, com refrão marcante.

Em uma hora de audição temos um álbum versátil, com grandes momentos e que marcou uma geração. No ano de 2017, a “Loudwire” elegeu Mandrake como sendo o 20° melhor disco de Power Metal de todos os tempos. Hoje é dia de celebrar os 20 anos desse belo play. A gente percebe que está ficando velho quando se passaram duas décadas e parece que foi ontem. Vamos apertar o play e rodar essa bolacha, porque o Edguy merece todos os confetes.

Mandrake – Edguy
Data de lançamento – 27/11/2001
Gravadora – AFM

Faixas:
01 – Tears of Mandrake
02 – Golden Dawn
03 – Jerusalem
04 – All the Clowns
05 – Nailed to the Wheel
06 – The Pharao
07 – Wash Away the Poison
08 – Fallen Angels
09 – Painting on the Wall
10 – Save us Now
11 – The Devil and the Savant

Formação:
Tobias Sammet – vocal/ teclado
Jens Ludwig – guitarra solo/ backing vocal
Dirk Sauer – guitarra base/ backing vocal
Tobias “Eggi” Exxel – baixo/ backing vocal
Felix Bohnke – bateria

Participações especiais:
Frank Tisher – piano em Wash Away the Poison
Ralf Zdiarstek – backing vocal
Rob Rock – backing vocal
Markus Schmitt – backing vocal
Daniel Schmitt – backing vocal