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Memory Remains: King Diamond – 35 anos de “Fatal Portrait”, o início da gloriosa carreira solo do mestre

Memory Remains: King Diamond – 35 anos de “Fatal Portrait”, o início da gloriosa carreira solo do mestre

17 de fevereiro de 2021


https://www.youtube.com/watch?v=ZAl_9cZ4RAQ

Em 17 de fevereiro de 1986, iniciava-se oficialmente a carreira solo do grande King Diamond, que é assunto do nosso Memory Remains desta quarta-feira de cinzas. Mas antes de falarmos do disco aniversariante de hoje, é preciso voltar um pouco no tempo.

A banda principal de Diamond, o Mercyful Fate estava em crise entre seus membros, desde o lançamento do álbum “Don’t Break the Oath“, em 1984. A crise de dava por divergências musicais. Em 1985, a banda se separaria e o frontman montaria seu projeto ao lado dos companheiros Michael Denner e Timi Hansen, recrutando o guitarrista Andy LaRocque, que permanece parceiro de King até os dias atuais e o baterista Mikkey Dee.

Banda formada, então era hora de todos adentrarem ao “Soundtrack Studio“, em Copenhagen, no mês de julho de 1985, com King Diamond e Rune Hoyer assumindo a produção da bolacha. Vamos destrinchá-la, como de costume.

The Candle” abre o disco com uma intro pra lá de perturbadora, mas a música se desenvolve bem e claro, não difere muito de sua ex-banda, afinal, temos aqui três membros que fizeram parte da história do Mercyful Fate. E essa faixa é um metalzão para ninguém botar defeito. “The Jonah” é mais trabalhada e com um andamento mais cadenciado em relação à primeira faixa, causando uma excelente impressão no ouvinte.

Jimmy Hubbard/Divulgação

The Portrait” nos remete à NWOBHM com excelentes riffs cavalgados de guitarra e boas linhas de baixo que duelam com a dupla Andy LaRocque e Michael Denner. Essa é a minha favorita do play. “Dressed in White” mantém a mesma pegada da faixa anterior, porém, com destaque para os solos de Michael Denner, que ficaram sensacionais.

Charon” tem ótimos riffs, que aqui flertam com o Hard Rock e o destaque é para Mikkey Dee e sua bateria; O cara estava inspiradíssimo aqui. “Lurking in the Dark” é uma música típica dos anos 1980, com muita pegada e os vocais de King se destacando, enquanto que “Halloween“, traz bastante peso e riffs sombrios, além de mais solos bem elaborados.

Voices From the Past” é uma instrumental rápida e maravilhosa, com excelentes linhas de guitarra e “Haunted” fecha o disco de maneira bem honesta, sendo uma bela canção, onde novamente os destaques são as guitarras duelando com o baixista Timi Hansen, que fez um excelente trabalho neste disco.

Em pouco mais de 37 minutos, temos um excelente disco, que, se não é tão aclamado quanto os sucessores, “Abgail” (1987) e “Them” (1988), tem o seu valor. E trata-se do pontapé inicial da carreira solo desta fera. Portanto, vamos reverenciar o disco que hoje envelhece e envelhece muitíssimo bem, obrigado. Longa vida ao mestre King Diamond e que possamos ver esta lenda do Heavy Metal em ação tão logo possamos ter controle sobre essa pandemia maldita.

Fatal Portrait – King Diamond

Data de lançamento: 17/02/1986

Gravadora: Roadrunner

Faixas:

01 – The Candle

02 – The Jonah

03 – The Portrait

04 – Dressed in White

05 – Charon

06 – Lurking in the Dark

07 – Halloween

08 – Voices From the Past

09 – Haunted

Formação:

King Diamon – Vocal

Andy LaRocque – Guitarra

Michael Denner – Guitarra

Timi Hansen – Baixo

Mikkey Dee – Bateria