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Memory Remains: King Diamond – 36 anos de “Fatal Portrait” e a estreia avassaladora do mestre

Memory Remains: King Diamond – 36 anos de “Fatal Portrait” e a estreia avassaladora do mestre

17 de fevereiro de 2022


Em 17 de fevereiro de 1986, iniciava-se oficialmente a carreira solo do grande King Diamond, com o lançamento de “Fatal Portrait“, que é assunto do nosso Memory Remains desta quintta-feira. Mas antes de falarmos do disco aniversariante de hoje, é preciso voltar um pouco no tempo.

A banda principal de King, o Mercyful Fate estava em crise entre seus membros, desde o lançamento do álbum “Don’t Break the Oath“, em 1984. A crise de dava por divergências musicais. Em 1985, a banda se separaria e o frontman montaria seu projeto ao lado dos companheiros Michael Denner e Timi Hansen, recrutando o guitarrista Andy LaRocque, que permanece parceiro de King até os dias atuais e também o baterista Mikkey Dee.

Banda formada, então era hora de todos adentrarem ao “Soundtrack Studio“, em Copenhagen, no mês de julho de 1985, com King Diamond e Rune Hoyer assumindo a produção da bolacha. Vamos destrinchá-la, como de costume.

The Candle” abre o disco com uma intro pra lá de perturbadora, mas a música se desenvolve bem e claro, não difere muito de sua ex-banda, afinal, temos aqui três membros que fizeram parte da história do Mercyful Fate. E essa faixa é um metalzão para ninguém botar defeito. “The Jonah” é mais trabalhada e com um andamento mais cadenciado em relação à primeira faixa, causando uma excelente impressão no ouvinte.

Jimmy Hubbard/Divulgação

The Portrait” nos remete à NWOBHM com excelentes riffs cavalgados de guitarra e boas linhas de baixo que duelam com a dupla Andy LaRocque e Michael Denner. Essa é a minha favorita do play. “Dressed in White” mantém a mesma pegada da faixa anterior, porém, com destaque para os solos de Michael Denner, que ficaram sensacionais.

Charon” tem ótimos riffs, que aqui flertam com o Hard Rock e o destaque é para Mikkey Dee e sua bateria; O cara estava inspiradíssimo aqui. “Lurking in the Dark” é uma música típica dos anos 1980, com muita pegada e os vocais de King se destacando, enquanto que “Halloween“, traz bastante peso e riffs sombrios, além de mais solos bem elaborados.

Voices From the Past” é uma instrumental rápida e maravilhosa, com excelentes linhas de guitarra e “Haunted” fecha o disco de maneira bem honesta, sendo uma bela canção, onde novamente os destaques são as guitarras duelando com o baixista Timi Hansen, que fez um excelente trabalho neste disco.

Em pouco mais de 37 minutos, temos um excelente disco, que, se não é tão aclamado quanto os sucessores, “Abgail” (1987) e “Them” (1988), tem o seu valor. Era apenas a estreia da carreira solo desta fera. O álbum vendeu cerca de cem mil cópias somente nos Estados Unidos. O título da obra foi retirado do livro “The Picture of Dorian Grey“, lançado pelo escritor Oscar Wilde em 1890. É também um dos únicos álbuns que não é inteiramente conceitual, assim como “The Spiders Lullabye” (1995).

Portanto, vamos reverenciar o disco que hoje envelhece e envelhece muitíssimo bem, obrigado. Longa vida ao mestre King Diamond e que possamos ver esta lenda do Heavy Metal em ação tão logo possamos ter controle sobre essa pandemia maldita. Para isso, é importante ressaltarmos sobre a importância da vacinação e de nos cuidarmos, usando máscara, álcool em gel e evitando as aglomerações.

Fatal Portrait – King Diamond

Data de lançamento: 17/02/1986

Gravadora: Roadrunner

Faixas:

01 – The Candle

02 – The Jonah

03 – The Portrait

04 – Dressed in White

05 – Charon

06 – Lurking in the Dark

07 – Halloween

08 – Voices From the Past

09 – Haunted

 

Formação:

King Diamon – Vocal

Andy LaRocque – Guitarra

Michael Denner – Guitarra

Timi Hansen – Baixo

Mikkey Dee – Bateria