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Memory Remains: Kreator celebra uma década de “Phantom Antichrist”

Memory Remains: Kreator celebra uma década de “Phantom Antichrist”

1 de junho de 2022


No primeiro dia de junho de 2012, há exatos dez anos atrás, os alemães do Kreator lançavam “Phantom Antichrist“, o 13° álbum da longeva carreira deste quarteto amado por muitos de nós e que entendeu que o Rock e o Metal não pode se juntar a ideias fascistas ou a governantes autoritários. Esse álbum é tema do nosso Memory Remains desta quarta-feira.

O aniversariante do dia marca a estreia pela Nuclear Blast. O álbum antecessor, “Hordes of Chaos” foi o primeiro a figurar na “Billboard“. Após a turnê de divulgação, a banda anunciou a mudança de gravadora e a expectativa era enorme acerca do vindouro álbum. Assim sendo, o quarteto se reuniu com o produtor Jens Borgen no Fascination Street Studioa, na Suécia, onde o álbum foi gravado e mixado. Para a masterização, eles atravessaram o Atlântico Norte e foram para Nova Iorque, mais precisamente o Sterling Sound. Vamos navegar pelas dez faixas que compõem este petardo.

Mars Mantra” tem pouco mais de um minuto e é uma épica introdução, que serve de ponte para a poderosa faixa título, onde a dupla de guitarristas explora as palhetadas rápidas em um som com a cara do Kreator. “Death to the World” é pesada e técnica, tendo até mesmo uma dose de melodia ali no meio.

From Flood Into Fire” é a faixa número quatro e aqui temos uma pegada mais arrastada, com riffs intrincados e destaque para a bateria de Ventor, principalmente seu bumbo duplo e um ótimo solo. “Civilization Collapse” começa arrastada, mas logo a quebradeira toma conta de tudo em uma faixa que lembra fases como a de “Coma of Souls” e “Violent Revolution“, ou seja, é o novo e o velho Kreator em um sincronismo quase que perfeito.

United in Hate” tem uma bela introdução tocada no violão por Sarni Yli Sirniö, que não engana quem achou que o Kreator iria incluir uma balada entre suas músicas, pois logo a insanidade entra em ação e as guitarras disputam com a bateria a posição de destaque, enquanto Mille Petrozza destoa seu ódio no vocal. “The Few, the Proud, the Broken” é a mais bem trabalhada do play e embora tenha alguns elementos Thrash, é uma música mais voltada para o Heavy Metal.

Carlos Pupo/Headbangers News

Your Heaven, my Hell” tem uma longa intro e nesta faixa a gente percebe um bocado dk clima do álbum “Outcast“, com um solo muito acima da média e Ventor quebrando tudo em sua bateria. “Victory Will Come” chega para acalentar o coração de quem estava com saudades do bom e velho Thrash Metal do Kreator, em uma ótima música com refrão marcante. E “Until Our Paths Cross Again” e traz uma mistura de Doom Metal na primeira estrofe, com partes mais melódicas e até mesmo, flertes com a música sinfônica, sem deixar de ser pesado. O Thrash Metal também dá as caras no meio, tornando a música ainda mais complexa e interessante, fechando o álbum muitíssimo bem.

São 45 minutos muito bem aproveitados pela banda e que dão ao ouvinte a sensação de que o Kreator segue em evolução continua sem deixar de ser fiel à sonoridade que lhe fez ter notoriedade. O disco foi bem recebido pela crítica e público, ganhando inclusive um prêmio da revista Metal Storm, como o melhor álbum de Thrash Metal de 2012. Nos charts a redor do mundo, o álbum alcançou a 5ª posição na Alemanha, 11ª na Finlândia, 13ª na Hungria, 30ª na Suécia, 31ª na Suiça; estrelou novamente na “Billboard no 130° posto geral, mas tendo re”lativo destaque mas sub-categorias: 1° na Hateseekers, 8° entre os álbuns de Hard Rock e 47° entre os álbuns de Rock em geral. E no Reino Unido, ficou em 14° na categoria Melhores Álbuns de Rock e Heavy Metal e em 37° entre os álbuns independentes de lá.

É um belo álbum que assim como todos os que costumamos lembrar aqui em nosso quadro, envelhece muitíssimo bem e merece todos os confetes. Vamos escutá-lo no volume máximo enquanto aguardamos com a maior ansiedade do mundo pelo vindouro play, onde certamente o Kreator vai continuar mostrando que Rock e conservadorismo definitivamente não andam juntos. Longa vida a esse belo quarteto alemão, que sobreviveu a essa maldita pandemia e segue nos fazendo mais felizes.

Phantom Antichrist – Kreator

Data de lançamento – 01/06/2012

Gravadora – Nuclear Blast

 

Faixas:

01 – Mars Mantra

02 – Phantom Antichrist

03 – Death to the World

04 – From Flood Into Fire

05 – Civilization Collapse

06 – United in Hate

07 – The Few, the Proud, the Broken

08 – Your Heaven, my Hell

09 – Victory Will Come

10 – Until Our Paths Cross Again

 

Formação:

Mille Petrozza – vocal/ guitarra

Sami Yli Sirniö – guitarra solo/ violão

Christian Giesler – baixo

Ventor – bateria