Memory Remains

Memory Remains: Lamb of God – 22 anos de “As the Palaces Burn” e a aparição no Ozzfest

6 de maio de 2025


Há 22 anos, em 6 de maio de 2003, o Lamb of God lançava “As the Palaces Burn“. Na prática, esse é o terceiro álbum lançado pelo quinteto de Richmond, Virginia, porém, como o primeiro álbum foi lançado quando a banda se chamava Burn the Priest, vamos considerar este como o álbum número dois desta banda, e que é tema do nosso Memory Remains desta terça-feira.

A banda havia feito uma turnê para divulgação do álbum anterior, “New American Gospel“, que durou dois anos e rendeu bons frutos para a o quinteto e o ajudaria a se tornar um dos nomes ascendentes na cena metálica, principalmente na chamada New Wave of American Metal.

Para a produção deste full-lenght, a banda percorreu por três cidades: a gravação se deu no estúdio “Montana, Inc“, em Richmond; a mixagem se deu em Vancouver, Canadá, no “Hiposonic Studios” e a masterização foi em Hollywood. Eles passaram o ano de 2002 gravando e mixando o play. Devin Townshed foi o responsável pela produção da obra, que foi lançada pela Prostethic Records.

Aqui em “As The Palaces Burn” temos um Lamb Of God em um processo de transição, no ponto de vista de seu som. A banda que teve em seus primórdios influências mais latentes do Punk (e em 2018, os caras resolveram lançar um EP, sob o nome antigo, para homenagear justamente as bandas do estilo, o excelente “Legion XX“), e no disco homenageado de hoje temos um resquício dos primeiros lançamentos, mas os dois pés já no Metal.

O álbum conta com alguns convidados especiais, todos guitarristas: Steve Austin, do LAE, tocou guitarra na faixa “11th Hour“; o produtor Devin Townshed tocou guitarra e fez também backing vocal na faixa “A Devil in the God’s Country” e o ex-guitarrista do Megadeth, Chris Poland, gravou o solo da música “Putrified“. São participações que valorizam ainda mais o play.

Em “As the Palaces Burn“, o Lamb of God nos apresenta um álbum pesado, com faixas diretas e eles provam que música boa não necessariamente precisa de solos. O álbum tem dez faixas e duração de pouco mais de 37 minutos. Alguns clássicos da banda foram forjados neste álbum, como “Ruin” (até hoje é obrigatória nos shows da banda), “Vigil“, a faixa-título, e “Blood Junkie” são alguns dos grandes destaques deste belíssimo play e fez com que o Lamb of God se tornasse uma das bandas mais bem-sucedidas dentre as que surgiram na virada do milênio.

O Lamb of God é conhecido pelo fato de a dupla de guitarristas, Mark Morton e o antivax Wille Adler (o qual este redator teve a oportunidade de conhecer pessoalmente e de ter um contato próximo, durante sua estadia para o Rock in Rio de 2015) ser uma dupla que fabrica riffs com um poderio inimaginável. Chris Adler também estava no seu auge como baterista e o seu reconhecimento veio anos depois, quando Dave Mustaine o convidou para gravar o álbum “Dystopia“, do Megadeth, lançado em 2016. Randy Blythe também destila o puro ódio durante sua performance vocal, fazendo dele um dos melhores vocalistas da nova geração.

Durante a turnê deste álbum, a banda tocou no Ozzfest, em 2004. E no DVD bônus deste festival, foram incluídas três músicas da banda, que foram apresentadas durante o festival capitaneado por Ozzy Osbourne: “Ruin“, “11th Hour” e “As the Palaces Burn“.

O álbum foi o primeiro da banda a figurar nas paradas de sucesso, sendo a “Billboard 200” a única que o disco apareceu, ficando na 64ª posição. Na subcategoria “US Top Tastemaker Albuns“, o play ficou na 25ª posição. Em 2013, o álbum foi relançado em comemoração dos dez anos do lançamento original e as faixas foram remixadas e remasterizadas pelo hoje parceiro da banda, Josh Wilbur.

Hoje é dia de celebrar esse discaço e também agradecer por ter essa banda em cena. O Lamb of God sem dúvidas é o nome mais relevante do Metal atualmente e mesmo que alguns torçam o nariz para a modernidade da banda, eles ignoram isso colocando ainda mais e mais peso em suas músicas. Felizmente eles estão em plena atividade, lançando álbuns e fazendo turnês, aliás, já está na hora de a banda retornar ao Brasil, eles tocaram na primeira edição do Summer Breeze Brasil, que hoje se chama Bangers Open Air, isso em 2023. Hoje é dia de celebrar esse baita disco.

As the Palaces Burn – Lamb of God

Data de lançamento – 05/05/2003

Gravadora – Prosthetic

 

Faixas:

01 – Ruin

02 – As the Palaces Burn

03 – Purified

04 – 11th Hour

05 – For Our Malice

06 – Boot Scraper

07 – A Devil in God’s Country

08 – In Defense of Our Good Name

09 – Blood Junkie

10 – Vigil

 

Formação:

Randy Blythe – vocal

Mark Morton – guitarra

Willie Adler – guitarra

John Campbell – baixo

Chris Adler – bateria

 

Participações especiais:

Chris Poland – guitarra solo em “Purified

Devin Townshed – backing vocal e guitarra em “A Devil in God’s Country

Steve Austin – backing vocal em “11th Hour”