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Memory Remains: Lamb of God – 9 anos de “Resolution”, a prisão de Randy Blythe e o final de um ciclo

Memory Remains: Lamb of God – 9 anos de “Resolution”, a prisão de Randy Blythe e o final de um ciclo

24 de janeiro de 2021


Em 24 de janeiro de 2012, o Lamb Of God lançava o sexto disco de sua carreira (N. do R: se considerarmos o primeiro lançamento, que se deu sob o antigo nome da banda, Burn The Priest, é o sétimo álbum). “Resolution” mostra uma banda tão raivosa quanto nos primórdios, sobretudo em “As the Palaces Burn“, só que aqui temos uma banda mais madura e ainda muito mais técnica.

Então o quinteto se juntou ao produtor Josh Wilbur e todos adentraram no “Spin Recording Studios“, em Nova Iorque e também no “Studio Barbarosa“, em Port Haywrad, na Virgina, durante os meses de fevereiro e maio de 2011. Os vocais de Amanda Munton, que fez uma participação especial na faixa “King Me”, foram gravados no “New England School of Communications”, em Bangor, Maine. Vamos dissertar sobre as 14 faixas presente no aniversariante do dia.

Straight to the Sun” abre o play com os gritos de um Randy Blythe insanos e uma música ultrapesada, brutal e ainda que ela tenha um andamento arrastado, muito provavelmente é a música mais raivosa da carreira da banda, quando excelentes viradas de bateria e o bumbo duplo de Chris Adler anunciam a entrada e fabulosa “Desolation“, que mantém a pegada raivosa do começo do álbum. Outro som estupendo, tendo essa um andamento mais rápido do que sua antecessora. Início fenomenal.

Uma introdução bem calminha de violão anuncia “Ghost Walking” e o desavisado acreditará que se trata de uma balada, mas logo as guitarras nervosas da dupla Willie Adler e Mark Morton entram em ação protagonizando os melhores riffs do LAMB OF GOD, com muito Groove e peso absurdo.

Guilty” tem um andamento mais rápido em boa parte de sua extensão, com riffs espetaculares e a bateria de Chris Adler conduzindo as coisas. Excepcional. “The Undertown” é outra que se destaca com um andamento não tão rápido quanto a anterior, mas também muito boa.

The Number Six” é mais grooveada, sobretudo no refrão, uma outra música gigante em um álbum que até o momento é perfeito. “Barbarosa” é uma intro com um dedilhado de violão bem interessante em que temos também uma guitarra distorcida fazendo a contrapartida. Ela serve de introdução para a faixa seguinte…

…”Invictus” chega com muito peso e um andamento bem rápido, com breves alterações no andamento, em uma das raras músicas que os caras colocam solo de guitarra. “Cheated” é outro destaque no álbum, uma música veloz onde o peso não é deixado nunca de lado.

Formação atual do Lamb of God

Travis Shinn/Nuclear Blast

Formação atual do Lamb of God

Temos a última parte do disco que já não é tão boa quanto as anteriores, mas elas têm seu valor, como a grooveada “Insurrection“, com ótimas partes da bateria de Chris Adler e riffs nervosos da dupla Willie e Mark, em uma música bem atmosférica.

Terminally Unique” é pesada, mas não carrega o mesmo brilho de outras do disco. Já “To the End” ainda é pesada e o destaque é a swingueira de Chris Adler, enquanto que “Visitation” tem bons riffs de guitarra e a quebradeira típica de Chris Adler. O ato final se dá com “King Me“, do alto dos seus mais de seis minutos. Uma música um tanto quanto melancólica, mas que conta com arranjos orquestrais e o vocal feminino de Amanda Munton.

Embora essa parte final não seja tão apoteótica quanto as primeiras faixas, é um disco importante na carreira da banda e a turnê deste disco fora marcada pela prisão do vocalista Randy Blythe, na Polônia. Acusado de homicídio, ele empurrou um fã que subiu ao palco quando a banda tocou por lá em 2010, o rapaz acabou batendo com a cabeça no chão, vindo a óbito. Blythe passou dez dias preso e aguardou por sete meses para ser julgado e inocentado. Algumas histórias desta jornada do frontman seriam contadas no disco posterior da banda.

Resolution” estreou em 3º lugar na “Billboard 200” e alcançou o topo do “Rock Chart“. Vendeu 52 mil cópias somente na semana do seu lançamento. E é o último álbum bem agressivo da banda, uma vez que no disco posterior, “VII: Sturm Und Drang” (2015), a banda optaria pela técnica em detrimento da rispidez em suas composições.

A versão do “iTunes” contém duas faixas bônus: são elas “Digital Sands” e uma versão ao vivo para “Vigil“, gravada originalmente no álbum “As the Palaces Burn” (2002), enquanto que a versão japonesa tem como bônus a faixa “”Bury Me Under the Sun“.

Hoje é dia de comemorarmos os 12 anos desta bolacha e também de exaltarmos a melhor banda de Metal na atualidade e desejar uma longa vida ao LOG, claro, torcendo para que esse péssimo momento de pandemia que a humanidade está vivendo seja ao menos controlado, para que possamos vê-los em ação nos palcos novamente, E quem os viu nas últimas lives, pôde perceber o quão afiados eles estão. Certamente eles estão muito ansiosos por este retorno,

Resolution – Lamb of God

Data de lançamento: 24/01/2012

Gravadora: Roadrunner

Faixas:

01 – Straight to the Sun

02 – Desolation

03 – Ghost Walking

04 – Guilty

05 – The Undertown

06 – The Number Six

07 – Barbarosa

08 – Invictus

09 – Cheated

10 – Insurrection

11 – Terminally Unique

12 – To the End

13 – Visitation

14 – King Me

Formação:

Rhandy Blythe – Vocal

Mark Morton – Guitarra

Willie Adler – Guitarra

John Campbell – Baixo

Chris Adler – Bateria

Participações especiais:

Amanda Munton – Vocal em “King Me

Mioke Crook – Orquestração em “King Me