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Memory Remains: Nightwish – 23 anos de “Oceanborn” e a ascensão mundial

Memory Remains: Nightwish – 23 anos de “Oceanborn” e a ascensão mundial

7 de dezembro de 2021


Em 7 de dezembro de 1998, o Nightwish lançava “Oceanborn“, o segundo álbum fa carreira da banda finlandesa e que é assunto do nosso Memory Remains desta terça-feira. Vamos contar um pouco da história do álbum que revelou a banda ao mundo.

Lançado pelo selo Spinefarm Records apenas um ano após “Angels Falls First“, o disco de estreia, “Oceanborn” é considerado por fãs e críticos como a “grande estreia da banda” e foi o grande responsável por fazer a banda ganhar notoriedade, principalmente no continente europeu. Era uma época em que bandas de Metal com vocais femininos estavam em evidência e apesar do Nightwish não ser a responsável pela criação do chamado Gothic Metal, ou Symphonic Metal, como quiserem, eles acabaram se firmando como uma das maiores bandas e permanecem ativos até hoje.

Entre agosto e outubro de 1998, todos se reuniram no estúdio “Caverock“, com a produção mais uma vez assinada pela dupla Tero Kinnunen e Tuomas Holopainen. A mixagem e masterização aconteceu no “Finnvox Studio“. A capa do álbum, muito bela, por sinal, traz a imagem de uma coruja carregando um pergaminho. A mesma coruja aparece na capa do sucessor Wishmaster (2000) e também nos singles Sacrament of Wilderness e Passion and the Opera.

Musicalmente, esse álbum apresenta uma proposta bem diferente do disco de estreia, com maior abrangência do Power Metal, ainda que as partes mais Folk abordadas em “Angels Falls First” ainda possam ser encontradas, na faixa Moondance. É considerado também o disco mais sombrio da banda. Aqui temos a participação de Tapio Wilska, que cantou nas faixas “Devil & the Deep Dark Ocean” e “The Pharaoh Sails to Orion”, contrapondo seu vocal masculino com os vocais líticos de Tarja.

Com o sucesso do álbum, a banda acabou por realizar a sua primeira tour pela Europa, sendo a Alemanha agraciada com a primeira apresentação da banda fora dos limites da Finlândia. Entre 1998 e 1999, eles percorreram o velho mundo na “Oceanborn” Europe Tour, e o Rage foi uma das bandas com as quais o Nightwish se apresentou. Com o nome da banda se espalhando pela cena, o álbum foi lançado um ano mais tarde na Coreia do Sul, Taiwan, Malásia, Japão, Polônia, França e também no Brasil, onde saiu pela Rock Brigade Records/ Laser Company. A edição brasileira ganhou a faixa “Nightquest” como bônus.

Tim Tronckoe/Divulgação

A faixa “The Riddler“, saiu em uma das edições da saudosa e extinta revista Planeta Metal, que era editada no final dos anos 1990 e vinha com um CD coletânea encartado e isso certamente ajudou a aumentar a popularidade da banda por essas terras tupiniquins. Particularmente, eu não sou muito fã do Nightwish, mas essa música eu tenho um apreço muito especial por ela e fica impossível eu controlar minhas emoções pessoais quando eu a escuto. Outras faixas como “Passion and the Opera“, que é muito pesada, além de “Sacrament of Wilderness“, “Sleeping Sun” e “Walking in the Air” tornaram-se constantes presenças no setlist da banda.

A musa Tarja Turunen também canta algumas das músicas de “Oceanborn” nos seus shows solo. Músicas como “Passion and the Opera“, “Sleeping Sun” e “Stargazers” já foram cantadas por ela no período pós-Nightwish. Em 2017, o site “Loudwire” classificou o disco como o 10° melhor álbum de Power Metal de todos os tempos.

Nas paradas musicais, “Oceanborn” alcançou a posição de número 28 na Finlândia, em 1998. No ano seguinte, eles chegaram ao Top 5 em seu país natal e ao 21° na Alemanha. Foi certificado com Disco de Platina na Finlândia. Em 2001, o disco foi lançado nos Estados Unidos através da “Century Media“. “Oceanborn” colocou de vez o nome desse quinteto finlandês no cenário do Heavy Metal e alçou Tarja Turunen como a diva do Metal da virada do milênio.

Esse play chega aos 23 anos com corpinho de 18, envelhecendo cada vez melhor. A banda ainda está na ativa, infelizmente sem Tarja nos vocais, mas com a igualmente bela e talentosa Floor Jansen, que ficou conhecida na mesma época com o After Forever. Desejamos uma longa vida ao Nightwish, e, vamos nos cuidar, pois a pandemia ainda não terminou e a variante Omicron está fechando as fronteiras pela Europa. Quando tudo isso se normalizar, teremos a oportunidade de ver a banda novamente em ação aqui pelas terras longínquas do hemisfério sul.

Oceanborn – Nightwish
Data de lançamento – 07/12/1998
Gravadora – Spinefarm Records

Faixas:
01 – Stargazers
02 – Gethsemane
03 – Devil & Deep Dark Ocean
04 – Sacrament of Wilderness
05 – Passion and the Opera
06 – Swanheart
07 – Moondancer
08 – The Riddler
09 – The Pharaoh Sails to Orion
10 – Walking in the Air

Formação:
Tarja Turunen – vocal
Tuomas Holopainen – teclado
Emppu Vuorinen – guitarra
Jukka Nevalainen – bateria
Sami Vänskä – baixo

Participações especiais:
Tapio Wilska – vocal em Devil & Deep Dark Ocean e The Pharaoh Sails to Orion
Esa Lehtinen – flauta
Plamen Dimov – violino
Kaisli J. Kaivola – violino
Markku Palola – viola
Erkki Hirvikangas – violoncelo