Perry Bamonte, guitarrista e tecladista do The Cure, morreu aos 65 anos após uma breve doença em casa, durante o Natal. A morte foi confirmada pela banda nesta sexta-feira (26), por meio de um comunicado oficial.
Na nota, o grupo descreveu Bamonte como “quieto, intenso, intuitivo, confiável e imensamente criativo”, afirmando que ele foi “uma parte vital e de coração quente da história do The Cure”. A banda também informou que seus pensamentos e condolências estão com a família do músico.
Nascido em Londres, em 1960, Bamonte passou a integrar o universo do The Cure em 1984, quando começou a trabalhar com a equipe de estrada da banda por meio do irmão, Daryl, então empresário de turnês do grupo. Nesse período, atuou como assistente pessoal e técnico de guitarra do vocalista Robert Smith, além de ser responsável por acompanhar e cuidar das atividades da banda entre 1984 e 1989.
Em 1990, tornou-se membro oficial do The Cure, após a saída do tecladista Roger O’Donnell. Até 2005, tocou guitarra, baixo de seis cordas e teclado em discos como Wish, Wild Mood Swings, Bloodflowers, Acoustic Hits e The Cure, além de ter participado de mais de 400 shows ao longo de 14 anos. No álbum Wish, o mais bem-sucedido comercialmente da banda, contribuiu em faixas como Friday I’m in Love, A Letter to Elise e High.
Bamonte deixou o grupo em 2005, quando Robert Smith reformulou a banda como um trio. Em 2012, passou a integrar o projeto Love Amongst Ruin. Ele voltou a tocar com o The Cure em 2019, durante a cerimônia de indução da banda ao Rock and Roll Hall of Fame, e retornou oficialmente ao grupo em 2022.
Desde então, participou de cerca de 90 apresentações na turnê Shows of a Lost World. A última foi o concerto The Show of a Lost World, realizado em Londres, em 1º de novembro de 2024. A participação de Bamonte nessa fase recente do grupo está registrada em um documentário sobre a turnê, atualmente em exibição nos cinemas.