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Motörhead: 4 anos da morte de Lemmy Kilmister

Motörhead: 4 anos da morte de Lemmy Kilmister

28 de dezembro de 2019


Há quatro anos atrás morria uma das figuras mais icônicas do rock ‘n’ roll, Ian Fraser Kilmister, conhecido por headbangers do mundo inteiro apenas como Lemmy, vocalista, baixista e líder do Motörhead.

Nos últimos dois anos de sua vida, ele foi atormentado por problemas de saúde. Ainda assim, passou metade de sua carreira bebendo copos de Jack Daniels com Coca-Cola e parecia indestrutível.

Apenas duas semanas depois de participar de uma festa repleta de estrelas no Whisky a Go Go em Los Angeles para comemorar seu próximo aniversário de 70 anos – que ocorreu em 24 de dezembro – Kilmister sucumbiu ao câncer e morreu em 28 de dezembro de 2015.

Sua saúde já estava extremamente frágil, em Abril de 2015, meses antes de seu falecimento, cancelou sua apresentação no festival Monsters of Rock, em São Paulo. Os outros membros do Motörhead fizeram uma pequena apresentação junto com os integrantes do Sepultura durante parte do tempo em que a banda tocaria.

Kilmister conseguiu reunir forças durante o mesmo ano de 2015 para fazer vários outros shows e até gravar um álbum final completo, Bad Magic, lançado em 28 de agosto de 2015, exatamente quatro meses antes de sua morte.

Lemmy cancelou algumas apresentações do Motörhead quando absolutamente necessário, mas perseverou em sua maioria, mesmo quando precisava de uma bengala para ir da área dos bastidores ao palco.

Os médicos ordenaram que parasse de fumar, ele até que tentou, reduziu para “apenas” um maço por semana, ao invés dos dois maços que fumava por dia.

Ele também mudou de um hábito de 40 anos, de consumir diariamente meio litro de Jack Daniels diariamente para quatro a cinco copos de vodka e suco de laranja por dia. Dois dias após a gigantesca festa de 70 anos em sua homenagem no lendário Whisky a Go Go – com a participação de Slash, Billy Idol, Sebastian Bach, Lars Ulrich, Zakk Wylde e inúmeras outras celebridades – Lemmy sofreu dores no peito e foi levado ao hospital, mas os médicos não descobriram nada de errado.

Preocupado com a fala vacilante de Lemmy, seu manager de longa data, Todd Singerman, pediu que os médicos realizassem uma tomografia. Ele estava preocupado com a possibilidade dele ter sofrido um derrame. Considerando todos os exames de sangue e outros procedimentos médicos submetidos a Kilmister, os resultados do exame foram chocantes. Lemmy tinha tumores cancerígenos em todo o cérebro e pescoço. Os médicos determinaram que a condição era intratável e previram que ele tinha dois a seis meses de vida.

A assessoria do Motörhead se preparou para emitir uma declaração simples anunciando que Lemmy estava gravemente doente e não poderia fazer uma turnê. Mas o roqueiro pediu que divulgassem um comunicado de imprensa sincero, indicando que ele estava sofrendo de uma forma agressiva de câncer. Supostamente, Lemmy aceitou as notícias. Ele havia enganado a morte tantas vezes no passado e tinha vivido uma vida tão difícil e rápida que não esperava viver tanto tempo.

O proprietário do estabelecimento favorito de Lemmy, The Rainbow Bar & Grill, levou um jogo de caça-níqueis ao condomínio de Kilmister e as enfermeiras foram contratadas para fazer turnos e administrar morfina, à medida que a dor de Lemmy piorava.

Em 28 de dezembro, o proprietário do Rainbow, Mikael Maglieri, apareceu enquanto Lemmy jogava por horas. Então Kilmister adormeceu e morreu.