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Rockville, muito mais que um festival de música

Rockville, muito mais que um festival de música

7 de maio de 2018


Voltando a realidade pós festival venho aqui contar a minha experiência.
Nas matérias pré-festival já salientava o cast estelar dos 3 dias do festival, mas agradáveis surpresas também se mostraram evidentes e roubaram a cena.

A estrutura do festival, que era composta por 3 palcos (2 deles maiores, o Monster e o Metropolitan e o terceiro – River) eram bem separados um do outro, contribuindo para a não aglomeração do público que fez questão de participar ativamente em todos os tipos de experiências disponíveis, desde uma vasta opção de comidas a preço justo (tinha até perna de porco a la “The Flinstones” até drinks havaianos), até uma roda gigante com visão parao palco principal.

Existiam muitas tendas focadas à filantropia e ONGs, e também ondes os aspirantes a músicos podiam conferir instrumentos de todos os tipos e qualidades e até tocá-los!

Algo muito positivo era que existia um vasto número de banheiros químicos, e todas as vezes que precisei ir estavam higienizados. As filas andavam rápido e não vi muitas pessoas passando mal ou com problemas de quaisquer tipos para um evento desse porte.

Eu aqui, fã de carteirinha do Foo Fighters era meu propósito maior, junto ao prazer de conferir outras bandas que nunca havia visto ao vivo e todas igualmente me surpreenderam.

No primeiro dia de festival que fechava com o príncipe das trevas Ozzy Osbourne, optei por conferir os shows do Trivium, Halestorm, Atreyu, Godsmack e obviamente de Ozzy. Halestorm e Godsmack roubaram a cena da sexta-feira! Lzzy hale é uma incrível frontwoman, bastante enérgica e de uma afinação impecável, dialogou bastante com o público, o tendo na mão rapidamente.
Godsmack foi um show inacreditavelmente bom, o vocalista Sully Erna fez um show a parte, com direito a dueto de baterias e mostrando-se bastante a vontade no palco. Algumas passagens durante o show, mesmo que em festival teve um ar bastante intimista, para mim foi o melhor show da noite!
Ozzy é Ozzy, mas o show não é mais dos tempos aureos de outrora. A banda estava bem afiada como sempre, com direito a um (extenso) solo de Zakk Wylde , Adam Wakeman e Tommy Clufetos e como de praxe, alguns sons do black Sabbath ao final.

Dia 2 do festival e provavelmente o mais cheio, fechava com Avenged Sevenfold.

Dia que cheguei mais cedo pois queria conferir em especial o Red Sun Rising, banda de Akron, Ohio, eles fazem um som bastante original e que fica difícil (ainda bem) de poder rotular a banda. Notam-se algumas influências dos anos 90, como Alice in Chains, Stone Temple Pilots, Faith no More, Savatage época que assim como eu, os integrantes da banda vivenciaram e moldaram muito do gosto musical. Red Sun Rising é composto por 5 rapazes, tendo Mike Protich como vocalista principal e que também toca guitarra em algumas músicas, é bem participativo com o público e até pediu stage dive para o público, que atendeu prontamente, rs. Com setlist curto (infelizmente), a banda mesclou músicas do bem criticado Polyester Zeal e do novo album Thread. Os guitarristas Dave McGarry e Ryan Willians mostram bastante entrosamento e assim como o baixista rick Miller, têm um ótimo gosto para timbres. Pat Gerasia mostrou toda a criatividade rítmica do novo álbum ao vivo com bastante destreza. Agora resta saber quando terão a oportunidade de tocar em terra Brasilis.

Escolhi também conferir o Stone Temple Pilots que está em ótima forma e parece ter retomado todo o vigor com o novo e excelente vocalista Jeff Gutt.
Ao meu ver setlist impecável (tocaram músicas como Big Bang Baby, Wicked Garden, Dead & Bloated) e execução mais ainda, Jeff Gutt consegue incorporar assustadoramente Scott Weiland sem tirar o brilho próprio.

Outra banda que estava ansiosa em poder conferir era o Stone Sour, que apesar do setlist menor, Corey Taylor mostrou porque é um dos melhores vocalistas da atualidade. Calcado no último álbum Hydrograd, o show foi espetacular, com direito até a arma que soltava papel.

Ótima surpresa foi conferir o Pop Evil, uma das poucas bandas no festival com uma mulher tocando instrumento (além de Lzzy Hale), foi um show recheado dos hits que a jovem banda já coleciona.

Butcher Babies e Avatar foram bandas que consegui conferir parte de seus setlists e são bem afiados ao vivo! As 2 vocalistas do Butcher Babies se completam e preenchem todo o palco, com uma boa presença.

O Avatar, mais teatral, também cumpriu muito bem seu papel ao vivo e os instrumentistas são muito bem entrosados.

Dia 3 – Fechamento do festival por conta do Foo Fighters

Foi especial pois foi meu décimo show da banda, apesar de mais curto que os que estamos acostumados, foi igualmente bom, com direito a participações pra lá de especiais, como do próprio Billy Idol, que tocou imediatamente antes, e de John Travolta, que pôde conferir a banda tocar um trecho do filme Grease e muita palhaçada (como sempre) de Grohl.
O setlist não diferiu muito do que rolou no Brasil.

Para os saudosos dos anos 80, Billy Idol mostrou que ainda está em ótima forma e o show foi recheado de sucessos também.

A surpresa do dia foi o Greta Van Fleet que apesar da jovialidade do grupo, pude ter a oportunidade de bater um papo com Danny, o baterista, mostram-se bem maduros tanto no palco, no som, quanto na atitude. Vão ouvir falar muito dessa banda ainda!

Após o final do festival bate aquela depressão pós show e vontade de quero mais e mal posso esperar para o próximo!

Gostaria de agradecer a assessoria de imprensa do festival e especialmente à Selena por conceder a cobertura ao Headbangers News.

Nos vemos na próxima!