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Velhas Virgens lança single com participação do Tato Cruz (Falamansa) e Maria Alcina

Velhas Virgens lança single com participação do Tato Cruz (Falamansa) e Maria Alcina

30 de junho de 2023


Apesar de, nestes 36 anos de trajetória, terem se notabilizado pelo “rock danado”, A banda das Velhas Virgens não se furta à oportunidade de fazer incursões eventuais (ou até frequentes) em outros gêneros musicais (vide Carnavelhas – 3 discos, bloco, etc.), sempre levando em conta que quanto mais a gente mistura, mais saboroso fica o guisado musical. Eis que para as Festas Juninas de 2023 a aposta é um xote autoral de raízes nordestinas (com uma guitarra com um leve cheiro de D’yer Mak’er – Led Zeppelin) e uma trama que evoca o que poderia ser um inocente argumento de novela das 6h da tarde, tendo a participação especial de Tato Cruz (Falamansa) e da nossa Carmem Miranda punk Maria Alcina. A música, composta despretensiosamente na primeira metade dos anos 90 por Paulão de Carvalho virou hit de praia na mesma época no violão andarilho de Alexandre “Cavalo” Dias, caindo no esquecimento assim que o sol daquele verão se pôs.

A saga de Rodrigo e Alice (Procurando Chifre em Cabeça de Cavalo) remete a casais icônicos da MPB, como Eduardo e Mônica (Legião Urbana), Léo e Bia (Oswaldo Montenegro) e Vanderley e Odilon (A Nível de – João Bosco) e conta a ingênua história do casal que, imaginando uma iminente traição do cônjuge, queixa-se aos progenitores, ambos percebendo que suas suspeitas são infundadas. A letra brejeira e bucólica evidencia um enredo construído claramente num período pré-virtualidade, onde um bilhete substitui o WhatsApp e cujo final romântico evoca uma camisola como ferramenta de sedução. Tato Cruz faz a voz do pai que tranquiliza o filho sobre as escapadas da esposa. Já Maria Alcina faz a mãe que argumenta que a prova da inverídica traição nada mais é que um engano da filha esquecida.

Em 2023 as Velhas Virgens tem estreitado sua ligação com a estética musical nordestina, tendo incluído divertidos clássicos do forró de duplo sentido (Sandro Becker, Clemilda, entre outros) no repertório de seu trio elétrico carnavalesco, além de lançar uma canção inédita – a embolada “Não Vai Prestar” – em parceria com os reis do improviso, Caju e Castanha.

Sempre bom lembrar que à frente do Falamansa há 25 anos, Tato Cruz já vendeu mais de 8 milhões de discos, gravou 11 álbuns, três DVDS e ganhou um Grammy Latino.

A diva Maria Alcina foi alçada à elite da MPB com uma apresentação arrebatadora no Maracanãzinho, interpretando  “Fio Maravilha” (Jorge Benjor) — vencendo a fase nacional do Festival Internacional da Canção de 1972, além de ter em seu repertório sucessos como “Kid Cavaquinho” (João Bosco/Aldir Blanc), tendo ainda, durante seus mais de 50 anos de carreira, ganho o Prêmio da Música Brasileira como melhor cantora e melhor CD, Troféu Imprensa, além de ser figurinha carimbada em programas de TV com seus figurinos ousados e irreverencia. Seus últimos lançamentos incluem um CD com composições inéditas feitas especialmente para ela por Zeca Baleiro e Arnaldo Antunes e ainda um disco dedicado ao repertório de Caetano Veloso.

As Velhas Virgens, modestamente a maior banda independente Brasil, tem 19 CDS lançados, cinco DVDs, uma marca de cerveja, grife de moda, bloco de carnaval e milhares de fãs espalhados pelas redes sociais e pelos botequins da Via Láctea. Entre os artistas que gentilmente fizeram participações especiais em trabalhos da banda, cabe citar Adriana Lessa (atriz) , Andreas Kisser (Sepultura), Benito Di Paula, Caju e Castanha, Celso Viáfora, Clemente Nascimento (Inocentes), Digão (Raimundos), Edgard Scandurra (Ira), Eduardo Araújo (Jovem Guarda), Laert Sarrumor (Língua de Trapo), Luiz Carlini, Marcelo Nova (Camisa de Vênus), Nasi (Ira), Nuno Mindelis, Oswaldo Vecchione (Made in Brazil), Paulo Miklos (Titãs), Pepeu Gomes, Pit Passarel (Viper), Rita Lee, Roberto Frejat, Roger Rocha Moreira (Ultraje a Rigor), Sergio Hinds (O Terço) ,Terra Celta, Wandi Doratioto (Premê), aos quais Tato Cruz e Maria Alcina acabaram de se juntar.

A produção é do ganhador de quatro Grammys, Paulo Anhaia.