Uma tendência verificada no mundo acaba de acontecer aqui no Brasil: no ano de 2023 o vinil ultrapassou o CD e se tornou a mídia física mais vendida no pais com o faturamento de R$ 11 milhões – CD’s faturaram R$ 5 milhões e DVD’s musicais R$ 400 mil – e toda essa demanda é atendida por apenas três industrias que prensam vinis no pais.
Embora esse valor represente apenas 0,6% do faturamento da industria fonográfica no Brasil – serviços de streaming representam 87% e execuções públicas 12% – o crescimento foi de 13% em relação ao ano anterior, percentual maior que a média mundial que foi de 10%. No mundo todo o faturamento da industria fonográfica foi de R$ 145 bilhões (pela cotação atual) e o Brasil representa cerca de 2% desse montante.
Foto: Carlos Pupo/Headbangers News
Dois fatores podem explicar esse crescimento: um seria a febre do Kpop, já que quase metade das receitas com a mídia física vem do continente asiático, conforme foi noticiado por revistas como a Bilboard. Outro fator seria Taylor Swift que teve seu álbum lançado em 2023, “1989 (Taylor’s Version)” com a marca de 1 milhão de cópias vendidas em apenas cinco dias, ultrapassando outros dois álbuns da própria Taylor – “Midnights” e “Speak Now (Taylor’s Version)” – e, sim, ela teve as três maiores vendas do ano passado.
Esses números crescentes fizeram com que outro gigante do setor, o Metallica, adquirisse uma fábrica localizada no estado de Virginia (EUA) que será responsável por prensar os discos da banda para atender a demanda cada vez maior.
Serviços de streaming vieram para ficar principalmente por toda comodidade de se ouvir música em qualquer lugar e hora, mas nada substitui o sentimento de chegar em casa e colocar um vinil de sua banda favorita para tocar. Aparentemente, esse sentimento está sendo descoberto pelas novas gerações.
