Resenhas

6

Graveyard

Avaliação

6.0

Depois de cinco anos e uma pandemia no meio, o Graveyard está de volta com seu mais novo álbum, “6”, que como o título sugere, trata-se do sexto play do quarteto.

Apesar de não tão popular no Brasil, o Graveyard é um verdadeiro fenômeno em seu país natal, a Suécia. Dos cinco álbuns lançados antes, somente o primeiro não entrou no Top 3 das paradas suecas, sendo que o antecessor, “Peace”, chegou ao topo. A banda foi formada em 2006 e se manteve em atividade até 2016. Depois de um ano, retornaram e “6” é o segundo álbum desde que eles anunciaram o retorno. O novo play foi lançado em 29 de setembro pela Nuclear Blast e aqui no Brasil, como de costume, saiu pela Shinigami.

Na formação atual, apenas dois membros originais: vocalista/guitarrista Joakim Nilsson e o baixista Truls Mörck, sendo que este último, era guitarrista lá nos primórdios e está na atual função desde o retorno. Completam o time ainda guitarrista Jonatan Larocca-Ramm e o baterista Oskar Bergenheim.

Em “6“, o grande marco é o retorno do produtor Don Ahlsterberg, com quem a banda trabalhou em seus três primeiros lançamentos “Graveyard” (2007), “Hisingen Blues” (2011) e “Lights Out” (2012). E o cara fez um bom trabalho por aqui. Tudo foi gravado de modo analógico, como pede o estilo proposto pela banda.

Falando no estilo e nas músicas, o Graveyard traz fortíssimas influências do Rock dos anos sessenta e setenta e em “6“, a aposta da banda foi trazer uma perspectiva mais down em suas músicas, o que reflete na qualidade final da obra. As canções não são ruins, mas elas trafegam por uma via que muitas vezes transmitem sonolência. As músicas não crescem, e o ouvinte fica esperando as coisas acontecerem, sendo que quase nunca acontecem. As exceções talvez estejam em canções como “Twice” e “No Way Out“. Muito pouco para um álbum com nove canções.

Claro que vai agradar aos admiradores deste tipo de abordagem musical, que, repito, não é ruim. Você montar uma banda e usar nomes como The Who e Led Zeppelin como influências, tem chances mínimas de dar errado. O timbre dos instrumentos é muito bom, mas, fica a sensação de um algo a mais para que o álbum possa pegar. Funciona se um dia o ouvinte estiver com uma profunda depressão e queira se trancar em um quarto escuro com duas garrafas de vinho para beber enquanto ouve incessantemente o álbum. O título também se casa com a nota que o álbum recebe.