Resenhas

A Man With a Camera

Kinoglass

Avaliação

6.0

Este power trio consegue transmitir a proposta escrita, passada para a sonoridade após o play. A banda juntou a psicodelia com thrash metal! Tarefa difícil e ousada nos dias atuais. Kinoglass é uma banda de Presidente Prudente (SP) com Luis Farrús (vocal e baixo), Fer Volpin (guitarra e teclado) e Gui Sala na bateria.

Geralmente vemos um thrash mais cru, talvez solos e uma música mais lenta. Mas psicodelia dos anos 70 com thrash metal é algo novo, dirá em terras paulistanas. Aconselho abrir o disco com a faixa sete, intitulada “Invisible Dictator”, bem metal e com riff específico, do começo ao fim. Solo no meio. Em seguida, a próxima e última faixa “Eye The Leader”, abre num estilo tropical e psicodélico com a cozinha (baixo e bateria) fazendo uma pequena introdução, e depois a guitarra, teclado e vocal fechando o disco.
Sugiro que ouçam o disco de trás pra frente, pelo menos comigo, depois de “zerar” ele duas vezes, me emocionou mais com essa ordem.
Destaque para “Pre War”, a sexta faixa. No início colocaram um áudio em contagem regressiva “dez, nove, oito, sete…” e após isso, mais uma vez a cozinha fazendo o intermédio! Esse instrumental lembra muito “Pride”, da banda Shaman.
“Flies From Hell”, a mais curta do disco. Possui levadas rápidas e lentas, muito boas. Qualquer fã de metal lembrará de “Cowboys From Hell”, do Pantera, devido o título. Estratégia de marketing ou referência?
Quarta faixa, “Schizophrenia”, a mais longa e “podre” (no bom sentido). Notamos que o Kinoglass gosta de uma firula, buscam alguma sonoridade que complementa a música. Dessa vez, antes de qualquer riff ou da levada na bateria, entra-se uma citação sobre o tempo e o “levantar da cama”!
Terceira, “Spoilage”, riff totalmente psicodélico. E logo após, o refrão muito bem feito. Sendo repetido dentro da música.
“Face My Horror”, uma das que mais gostei. Simples e direta, com teclado no final.
Primeira faixa do disco e a última da resenha, “Extermination Authorized”, ao invés da guitarra, baixo e bateria como de costume, essa é mais uma com uma “intro” no início.
Sons tropicais anos 70, psicodelia, cabelo grande, guitarra na mão e influências do metal! Esse disco com uma gravação simples mostra o quão podemos ser originais, sendo quarteto ou trio, com ou sem teclado. Ou qualquer loucura que seja para mostrar a sua arte e seu som.

Formação:
Luis Farrús – voz e baixo
Fernando Volpin – guitarra e teclado
Guilherme Sala – bateria