Resenhas

A Sign Of Things To Come

Sylosis

Avaliação

9.0

Se baseando em uma sonoridade moderna na qual é explorado desde o Thrash, passando pelo Metalcore até o Death Metal, o Sylosis chega ao seu sexto álbum de estúdio intitulado “A Sign Of Things To Come”. Foi lançado no último dia 8 de setembro via Nuclear Blast / Shinigami Records no Brasil. Com esse novo álbum a banda está claramente dando aquele passo a frente na evolução com músicas mais acessíveis e com composições feitas para serem grandes hinos de arena. Então, bora conferir o que os ingleses aprontaram!

Deadwood” já abre o álbum com muita porradaria, com seu destaque para o refrão mais trabalhado e com uma ênfase melódica. A faixa-título é a primeira onde você percebe uma direção que abrange uma dinâmica maior, com vocais limpos aparecendo e um andamento que muda em pontos chave. O mesmo vale para “Pariahs“, que conta com bastante groove e um bom refrão.

Poison Of The Lost” é uma das melhores composições da banda. Conta com mudanças de andamento, groove incríveis, uma atmosfera harmônica que enriquece o refrão, além de riffs cortantes e solos magníficos. “Descent” apresenta um clima mais pesado e tenso, mesmo assim com um refrão puxado para o melódico. Acelera na ponte com ótimos riffs e outro belo solo de guitarra. Outro clima bem tenso apresenta “Absent”, onde os vocais limpos de Josh Middleton se sobressaem em uma faixa comandado pelos sintetizadores, com uma pegada quase melancólica que só ganha o peso da banda completo após o segundo refrão, onde os guturais voltam com força e entregam uma experiência bastante satisfatória ao fim da faixa.

A faixa mais voltada ao Metalcore tradicional do álbum é “Eye For An Eye“, com estrofes agressivas e refrão melódico e pegajoso. O destaque vai para a bateria muito bem conduzida por Rob Callard, com muito groove, mudanças de compasso e agressividade. O ponto alto do álbum, para mim, é “Judas”, a faixa mais bem construída, com refrão forte que conta com coros de fundo, um verdadeiro hino. Sua agressividade mesclada com momentos melódicos também merece destaque. Explorando mais ainda o lado melódico temos “Thorns”, com muitos vocais limpos, conta com uma atmosfera melancólica e pesada. Ainda tem seus momentos agressivos, buscando um contraste interessante durante sua execução.

A responsabilidade de fechar o álbum é de “A Godless Throne” e ela cumpre muito bem esse papel. Os riffs mais técnicos que nos puxam para um Thrash somados com a bateria lotada de viradas e blast beats deixam uma vibe bem bacana na audição, com uma certa euforia que deixa a vontade de ouvir mais, uma sensação de que poderia ter mais alguma faixa. Esse é o papel mais importante de uma faixa de encerramento e o Sylosis fez isso com maestria.

A busca por algo mais acessível acontece até a primeira vírgula, pois não pense que a banda deixou de fazer seu som pesado para adicionar batidas artificiais ou vocais cheios de efeitos, muito pelo contrário, os riffs técnicos e agressivos estão mais presentes do que nunca. Sem fugir de suas raízes onde flertavam mais com o Thrash Progressivo em “Monolith” (2012) e “Dormant Heart” (2015), a banda buscou um som mais dinâmico e lotado de bases melódicas e agradáveis, algo que vem acontecendo desde ” Cycle Of Suffering” (2020). Com uma produção perfeita e que dá uma baita ajuda para que o som fique bem definido e pesado. Nas considerações finais deixo o registro de que a banda está em constante evolução, a cada álbum lançado fica clara a busca por algo maior, pra deixar de ser uma banda de abertura de shows e tornar-se principal nos festivais. O caminho está sendo bem traçado e logo mais se tornará realidade.

Tracklist:

01. Deadwood
02. A Sign of Things to Come
03. Pariahs
04. Poison for the Lost
05. Descent
06. Absent
07. Eye for An Eye
08. Judas
09. Thorns
10. A Godless Throne