Resenhas

All Myth Shall Fall

Hellway Patrol

Avaliação

8.5

Temos o álbum de estreia dos paranaense do Hellway Patrol. Formada há cinco anos, o trio finalmente lançou seu debut CD, após dois EPs. A banda é uma das grandes surpresas do momento e já estava mais que na hora de eles nos brindar com um full-lenght.

O trio capitaneado pelo vocalista/ baixista Ricardo Pigatto, que traz consigo a experiência de ter sido o vocalista do Dominus Praelli durante dez anos, conta ainda com o guitarrista Thiago Franzim e o baterista Netto Pavão, adentrou ao Wah-Wah estúdio, na capital paulistana para registrar este “All Myth Shall Fall” (um título bastante sugestivo em um ano eleitoral, que não foi apenas mera coincidência) e contou com produção de Michael Kuaker, além da própria banda. A bolacha sairá no próximo 5 de agosto, via Xaninho Records, mas a banda já está vendendo as cópias do álbum nos shows da turnê que a banda está fazendo ao lado da Manger Cadavre?.

Colocando a bolacha para rolar, as duas primeiras músicas, “Demons of Dreams” e “Gods“, navegam por estilos como o Hard Rock e o Stoner e deixam uma ótima impressão. O timbre da guitarra é bem cru e isso deixou a sonoridade bastante interessante. Em “The Light”, os caras apostam no Heavy Metal simples e o resultado é bastante satisfatório, onde temos uma música enérgica.

Like Father Like Sun” é a faixa número quatro e temos uma música densa e ao mesmo tempo com certa melodia. E com um refrão grudento. “Ride and Ride Again” tem uma pegada mais setentista e é bastante agradável. “Beauty and Demise” começa com um ar bem sinistro, em uma clara influência do Black Sabbath dos primórdios, mas logo a música ganha uma velocidade inimaginável. Aqui temos as participações de May Puertas e Hannah Paulino.

Running Wild” é um baita Power Metal e o grande destaque do disco e por ser diferente de todas as músicas até aqui, com sua velocidade e agressividade. A grande surpresa é o Rockabilly no final. O ponto alto do play. “Infanticide” devolve a banda ao caminho do Hard Rock/ Stoner, com destaque para as boas linhas de baixo de Ricardo Pigatto. E “Theocratic Dictatorship” é o ato final, trazendo várias influências: tem um pouco de Judas Priest e até de Thrash Metal. Excelente encerramento.

Em pouco mais de meia hora de audição temos um bom disco, onde a banda ousou ao incluir diversas influências e vertentes em sua sonoridade. A ousadia rendeu bons resultados e poderia até mesmo ser melhor, uma vez que ao vivo a banda é ainda mais letal. Os caras entregaram um bom resultado e a estrada vai fazer com que eles melhorem ainda mais a cada play que for lançado. Indicado para fãs de Alice in Chains, Mastodon, Soundgarden e também para os que não abrem mão da NWOBHM. Um produto de qualidade e que é o melhor, tem o selo de Made in Brazil.