Resenhas

Bring Me to The Light

The Vlade

Avaliação

8.5

The Vlade, o renomado , um cantor/compositor, designer, ilustrador humorístico, animador, autor de livros infantis e cartunista, nascido nas margens do rio Danúbio, na Bulgária lança seu mais recente álbum, ‘Bring Me to The Light’. Com uma coleção de 10 músicas profundamente emocionais e poderosas que misturam influências e sonoridades diversas, o álbum é uma demonstração do talento e da versatilidade do artista.

A jornada de Vlade é longa e admirável. Conhecido por sua habilidade em criar hinos inspiradores e cheios de energia, ele já coleciona dois álbuns e alguns singles e ‘Bring Me to The Light’ não foge à regra, apresentando uma coleção de canções que são tanto uma homenagem à sua história quanto uma evolução de seu som característico.

A faixa titulo abre o álbum com um vigoroso mix de pop e rock, com uma batida pulsante e vocais poderosos, já conquistando o ouvindo à primeira audição. Em seguida, “I Don’t Want To Lie” apresenta uma faixa forte e cheia de momentos crescentes, a faixa é um chamado para superação, uma balada emotiva com arranjos orquestrais que acrescentam profundidade à faixa.

O álbum por inteiro mescla rock alternativo, pop e até folk de maneira envolvente. Suas músicas são marcadas por melodias emotivas e cativantes, criando uma profunda conexão emocional com os ouvintes. O piano desempenha um papel central em muitas das faixas, oferecendo uma base harmônica rica e conduzindo a melodia. As guitarras complementam esse som, criando tanto texturas suaves quanto momentos de maior intensidade com riffs simples, mas memoráveis.

A produção das músicas desse disco tendem a ser polida e atmosférica, utilizando extensivamente reverb e delay para criar uma sensação de espaço e grandiosidade. Isso faz com que as faixas soam expansivas, como se fossem executadas em um ambiente vasto e aberto. Os vocais contribuem significativamente para a identidade sonora do artista com seu timbre de voz distintivo e emotivo, capaz de transmitir uma ampla gama de emoções, desde a intimidade até a potência.

“She Believes” carrega um tom mais leve e reflexivo, com um ritmo leve que convida o ouvinte a se emocionar. A intensidade aumenta com “To Hell With The Devil”, uma faixa que se destaca pela sua fusão que traz referências do refrão da canção do Grupo de Hard Rock Stryper e um ritmo de Rap/ Trap moderno e forte, criando uma atmosfera diferente e contagiante – algo que com certeza chama atenção e desperta curiosidade – talvez esse seja o único momento que possamos dizer que tem Rock/ Metal, neste disco. E a única ligação que esse álbum possa ter com nosso editorial – mas vale a audição.

“Train to Delhi” oferece uma pausa introspectiva com um arranjo acústico e harmonias vocais que lembram os  trabalhos de bandas de soft rock dos anos 80, um folk/country que desperta paisagens verdes em nossas mentes. Logo em seguida, “I Don’t Want Your Love” traz de volta o pop otimista Hollywoodiano, um tom romântico e cheio de camadas de piano e voz, – trazendo ainda mais peso melódico a canção. É a faixa mais comercial do disco, com um refrão que gruda na mente.

“It’s Not The End” apresenta uma gaita maravilhosa que dá um ar mais regional, com riffs de guitarra do southern rock, uma faixa de superação e altruísmo, que encanta e desperta o ouvinte. “The Owls”, que é uma faixa emocionante com uma melodia comovente e arranjos instrumentais que evocam uma sensação de nostalgia e gratidão, as linhas de violinos e os sintetizadores suaves dão a introdução perfeita, surpreendendo quando ganha peso com guitarras pesadas. A faixa exala um rock pesado com sintetizadores que merece atenção – é a faixa que mais gostei.

“Brand New Day” se destaca pelo seu arranjo emotivo e angelical com linhas de violão que dão um tom acústico – o disco inteiro tem essa atmosfera poluída e cheia de atmosfera, onde os vocais são o centro das atenções, demonstrando a capacidade técnica e a harmonia perfeita. “Into Eternity” repete a fórmula, mas adicionando um ritmo dançante com pianos e uma vibe mais country, que nos lembram o “Rock de estrada”, com um tom bem americano.

“The Lizard King” mantém o violão que é a marca registrada do artista, mas aqui temos levemente um tom folclórico e regional. Fechando o álbum, “When/Life” é outra faixa onde The Vlade canta em sua língua materna, em Búgaro. É uma explosão de energia e criatividade, com uma mistura de estilos que inclui pop, rock e elementos folk, e apelo emocional. Um excelente jeito de terminar a jornada com um verdadeiro espetáculo sonoro.

Apesar de não ser um disco de heavy metal, ‘Bring Me to The Light’ de The Vlade traz emoções e referências desse universo, isso é inegável. Com uma produção impecável e uma mistura de influências que vão do rock ao pop, passando por elementos acústicos e épicos, o álbum é uma prova do talento e da versatilidade do artista. Cada faixa é uma peça única que contribui para um todo coeso e emocionante, fazendo de ‘Bring Me to The Light’ uma obra de altíssima qualidade, e você TEM que ouvir!