O novo álbum de Brian Teubl, mergulha no universo introspectivo e sentimental do artista, explorando temas como nostalgia, isolamento, natureza e amor, trazendo uma combinação habilidosa de rock alternativo dos anos 90, criando uma paisagem sonora retrô e simplória. Gravado no estúdio Bat-Cave em Northfield, Ohio, o “processo de gravação único envolveu violão, baixo, microfone e uma abordagem meticulosa à edição, resultando em uma coleção de temas e histórias pessoais e reflexivas que certamente cativará o público”, conforme descrito em nota à imprensa.
A primeira faixa, “I Hate to See You That Way”, abre o álbum com uma energia melódica inspirada em Jeff Buckley e Radiohead, que rapidamente estabelece o estilo de Brian Teubl e a estética de seu trabalho. A faixa é marcada por uma batida constante de violão que remontam o estilo do rock alternativo dos anos 90, apoiada por acordes suaves quase imperceptivel, de guitarra que sustentam uma atmosfera de resignação.
“Ghost Me” segue com a profundidade emocional, com a mesma abordagem do rock 90, incorporando dessa vez um coro de apoio que criam uma estética capital a canção. Os arranjos criam uma sensação de desamparo e nostalgia.
A seguinte “Seasons (Of Life) traz uma abordagem mais campestre e solitária de tom, aqui temos um tom mais ethreal rock, mas segue a estética depressiva do rock dos anos 90. A voz do cantor com efeitos oferece contraste na faixa que dissocia um pouco do tom da canção.
“Trust In Love” traz a participação de seu tio Tom Teubl, que surge com uma intensidade emocional diferente. A faixa é caracterizada por um som mais intenso e otimista, refletindo a sensação de reconforto, e trazendo mais a pegada grunge. Os arranjos adicionam uma vibe angelical e alegre, complementando a temática e oferecendo ao ouvinte um acalento e esperança ao ouvinte.
O artista mantém o ritmo com seu violão cheio de técnica em “Don’t Know Why”, dessa vez com participação da cantora local R. Zhee. Esta é uma faixa de extrema delicadeza, marcada por uma guitarra que de tão suave se alinha as linhas de violão e brinca com nossos ouvidos. A combinação cria uma atmosfera de encantamento, refletindo a profundidade da admiração que Brian tenta transmitir. Os vocais femininos aqui são simples e fortes, dando um tom diferenciado para a faixa, sendo a minha preferida do disco.
“Sappy” faz uma homenagem ao lendário Nirvana, incorporando elementos mais suaves e depressivos nessa versão. A faixa é um cover muito mais profundo, e mostra o talento de Brian – fico curiosa po outras versões do artista . A sonoridade é rústica e autêntica, mantendo o espírito grunge que é central para a identidade musical de Brian.
“Millennia (Into the Glare)” é uma faixa que se destaca não apenas por sua sonoridade etérea, mas também pela letra. O arranjo é claramente uma serenata, om violão, vocais fortes e uma orquestração que torna tudo mais interessante e romântico. A música é envolta em uma melancolia contemplativa, com um arranjo minimalista que coloca o foco na voz de Brian e em suas letras, que exploram os temas.
Finalmente, “When We Rise” fecha o álbum com uma sensação de conclusão e aceitação. A faixa é marcada por um arranjo soturno mas profundamente emocional, mantendo-se fiel a proposta do disco.
‘Chagrin ‘ é um disco quase conceitual de Brian Teubl que assumiu os papéis de compositor, artista e produtor deste projeto, oferecendo uma jornada musical nostálgica e repleta de introspecção e emoção. Cada faixa contribui para a construção de um panorama lírico e sonoro que ressoa e impregna em nossa mente, solidificando ainda mais o lugar de brian como um artista de relevância e profundidade, um disco que merece lugar de destaque pelo cuidado e pela sensibilidade.