Resenhas

Chthonic Wrath

Nervochaos

Avaliação

8.5

O Nervochaos está de volta, lançando seu terceiro álbum em três anos. Chthonic Wrath é o álbum de número 11 na discografia da banda paulistana, que impressiona pela assiduidade de seus lançamentos recentes. São nada menos do que seis álbuns nos últimos 9 anos.

Para quem já estava com um gostinho de quero mais ao ouvir o excelente “All Colors of Darkness“, a banda liderada pelo guerreiro baterista Eduardo Lane, o único remanescente da formação original, a banda está de volta com essa pedrada. É o terceiro álbum seguido que a banda mantém o mesmo lineup, fato inédito na história da banda, que tem quase 30 anos de história no underground brazuca. O fato nos faz com considerarmos que a formação está estabilizada.

À exceção de uma das fotos que a banda publicou em suas redes sociais na divulgação do novo álbum, onde os integrantes aparecem empunhando armas de fogo, o que, no Brasil atual não seria uma boa ideia fazer tal ato, dado o elevado índice de violência que tem nos acometido a todo momento, a sonoridade da banda segue letal. E por ser um álbum cuja formação já está junta há algum tempo, mostra que o entrosamento entre os músicos está mais do que afirmado.

O Nervochaos não precisa provar mais nada para ninguém, mas só para variar, fez um excelente trabalho. Em 45 minutos temos um desfile de riffs rápidos, pesados, ríspidos e precisos, com direito a uma pequena faixa instrumental ali no meio, “Tomb Mold“, uma bela passagem executada na viola por ninguém menos do que Ricardo Viginni, sim, o cara famoso pelo projeto Moda de Rock, onde toca grandes clássicos do Rock e do Metal na viola caipira, ajudou a abrilhantar ainda mais o play.

Os grandes destaques do álbum são a faixa de abertura, “Son of Sin“, “Taphephobia” e “Kill for Pleasure”, cujo refrão gruda na cabeça fazendo com que o Nervochaos fosse uma banda de Glam Metal. Seu pescoço não será mais o mesmo após a audição deste petardo, cuja produção, assinada por Adassi Adassi e Adriano Dagas, é bem acima da média. A capa, criada por Néstor Ávalos, ficou bem bonita. Um play para levantar defunto e que certamente irá figurar nas listas dos melhores lançamentos de 2023. E com o selo de Made in Brazil.