Ashes of Reason, projeto de heavy metal do artista Anthony Ellis, emerge com seu novo álbum ‘Crisis Catalyst’, trazendo uma sonoridade crua e direta, que vai agradar especialmente os fãs do estilo mais tradicional do gênero. Composta por riffs pesados e cativantes, solos que prendem a alma, refrão impecável para cantar em coro e uma produção poderosa e impactante, o artista entrega uma performance densa e brutal em todas as 10 faixas do álbum.
A abertura com “Fight the Machine” é um convite para o mundo pesado e sombrio de Ashes of Reason, com riffs pesados, técnicos e vocais agudos intensos – nessa faixa podemos imaginar o que o nos espera, talvez um disco com influências do New Wave of Britsh Heavy Metal.
“Desensitised Nation” mantém o ritmo cadenciado e agudo, emulando o som gordo e melódico do heavy metal tradicional. Na faixa-título, “Crisis Catalyst”, os riffs perfeitos do heavy metal ganham força, fazendo jus ao nome do disco, sendo a faixa mais cativante. Os vocais são muito característicos, com certeza os fãs mais tradicionais vão adorar.
“Screaming at the Void” é a balada do disco, aquela faixa que facilmente entraria na coletânea ‘Love Metal’. Essa faixa é cativante, é como ouvir um disco de vinyl dos anos 80. Ashes of Reason seria facilmente uma banda escondida daquela época, que descobrimos agora.
A versão do clássico do Iron Maiden, “Hallowed be thy Name” deixa nítido a influência na banda – mas isso já havíamos percebido nas primeiras faixas. Essa versão do Ashes of Reason ficou muito legal! Vale muito a pena prestar atenção nesse cover.
Falando em influências, enquanto ”Clarity” explode de agressividade e riffs sinuosos que vem e voltam e convidam a todos para bater cabeça, temos teclados leves que lembram clássicos da banda Helloween. Mais um vez, Anthony Ellis prova seu talento no heavy metal tradicional, sem parecer que é um artista nascido nos dias de hoje.
“Cost Too High” vem com um ritmo mais rápido e ríspido, mais agressividade nos vocais e peso na melodia – puro suco do New Wave of Britsh Heavy Metal, uma tempestade sonora. ““Ledger of Ghosts”” entra no panteão das faixas mais longas do disco, com mais de sete minutos, começando com uma introdução épica de pianos, e evoluindo para uma faixa encorpada e rápida, típica do power metal. Outra balada vem em seguida, “The Long Return”, dessa vez mais lenta e melódica.
Para encerrar, “Pineapple Party” entrega uma faixa dilacerante, com uma introdução em fala, a faixa se apresenta como um encerramento épico, afinal é a faixa mais complexa e diferente do disco, com variações rítmicas e um trabalho de solo mais melódico, a faixa é uma explosão de dinamismo sonoro brutal e incontestável. Não tinha outro jeito melhor para encerrar essa jornada. A faixa perfeita para o final do show, fazendo o público cantar com exito.
No entanto, é importante notar que Ashes of Reason não se aventura muito além dos limites do estilo tradicional de heavy metal. Porém, o artista não pisa no freio quando o assunto é criar melodias mais inovadoras e não convencionais. Isso resulta em um som que, embora seja comum, é bem executado e fiel às raízes do gênero, oferecendo grandes surpresas e inovação. Uma grande descoberta que não vai ficar de fora da playlist dos fãs mais exigentes.
Para aqueles que são fãs de bandas como Iron Maiden, Savatage, Queensryche, Helloween, Ashes of Reason oferece exatamente o que se espera: riffs pesados, vocais agudos, solos épicos e uma atmosfera mágica. Para os apreciadores de heavy metal clássico, ‘Crisis Catalyst’ é um prato cheio, mantendo-se fiel aos fundamentos do gênero explorarando novos territórios sonoros.