No submundo musical, emerge o mais recente álbum da banda Wishpenny, intitulado “Day after Dark”. Fundada na efervescente cidade musical dos Estados Unidos, Nashville, Regina e Brian Russell lideram a banda. Com uma belíssima coleção de canções, o álbum, terceiro trabalho independente da banda, é uma jornada única que reflete a vastidão das experiências musicais do grupo. “Day after Dark” desenha paisagens sonoras etéreas, onde os elementos do folk e country se encontram com a emoção e a lisergia, dançando como sombras em um crepúsculo musical.
A faixa-título abre o disco com acordes de guitarra rock 60 ‘s levemente distorcidos que criam uma atmosfera mágica. A voz de Regina flutua como uma brisa noturna, soando como hit hippie que parece ter sido tirado de um disco do Cream, enquanto o trombone de Mario Davidson surge como um farol, que responde com seu brilho ao avistar as guitarras chegando
“Glid and Cover” mergulha em nuances mais alternativas folk, a guitarra tímida continua aqui, acompanhada de um violão que evocam imagens de vastas planícies. A habilidade de Brian em lidar com as gravações sonoras é evidente, dando profundidade e riqueza à mistura. A faixa é um instrumental rico e mágico.
Em “Better Than We Found”, somos levados a uma paisagem reconfortante, a voz de Regina volta e brilha novamente, tamanha a sua sutileza e simplicidade. O refrão dessa canção é marcante e memorável, fazendo assim você flutuar quando ele é evocado. Uma canção simples, porém muito bem elaborada.
A faixa “Close” é tenebrosa, com um ritmo mais lento e misterioso. Regina entra com a vocalização quase que gemida e o trombone responde a voz de forma mágica, simulando um Soft Jazz. Uma faixa experimental e repleta de interpretações e presença.
“Not About Love” e “Step into the Sun” trazem um tom mais Folk/ Country, com um violão forte e marcante e pequenos licks de guitarra entre a batida forte e “Western Style”. A transição para “Escape Velocity” é abrupta, a faixa traz de volta o folk meio pop e nostálgico, apostando na ausência de percussão forte, colocando apenas chocalhos, guitarra e violão aliados à voz de Regina.
A reta final é marcada com “Believe”, a oitava faixa, uma poderosa e esperançosa canção folk country. Os acordes de violão e os licks e acordes da guitarra ressoam na mente de forma única, ressoam como uma mensagem de esperança e perseverança, enquanto a voz de Regina termina por reforçar essas características.
Ao fim do disco somos agraciados com “Oh No Ok” e “Anchor Shield and Sword” ambas faixas apostam em um tema de reflexão e solidão, tudo isso mantendo o folk e o country r encontrando uma nova expressão. A habilidade da dupla na criação é notável, adicionam dimensões fascinantes às composições.
“Day after Dark” é mais do que um álbum, é uma jornada sensorial. Explorando as possibilidades do folk e do country com uma destemida criatividade, a dupla te faz mergulhar em seu universo de forma instantânea. Então, mergulhe nesse crepúsculo musical e descubra as nuances encantadoras de “Day after Dark”.
