Resenhas

Days of the Lost

The Halo Effect

Avaliação

9.0

Ex-membros do In Flames se juntando em uma nova banda? É isso mesmo! O Halo Effect reuniu membros de diversas formações anteriores do mestres do Death Metal sueco para fazer música. Após alguns singles que atiçaram a mídia, finalmente lançaram o seu álbum de estreia, “Days of the Lost”, que chegou em 12 de agosto via Nuclear Blast e Shinigami Records no Brasil. Hora de dar aquelae resenhada no Play!

As comparações com a antiga banda dos membros é inevitável e compreensível, muitas das composições mantém aquela base com riffs agressivos e pesados com grandiosas passagens melódicas, com aquele tipo de vocal que vai do gutural ao Fry Scream feito com perfeição por Mikael Stanne, também do Dark Tranquility, que ficaram marcadas pelo gênero classificado como Melodic Death Metal. Mas apesar das semelhanças, a banda apresenta sua própria sonoridade e marca sua estreia com belas composições cheias de energia.

Na audição você encontra tudo o que te fez se tornar um fã do estilo, a faixa de abertura “Shadowminds”, por exemplo, conta com as batidas eletrônicas iniciando-a, que logo ganha os riffs pesados, com a segunda guitarra dando a harmonia com uma combinação perfeita. “Days Of The Lost”, que dá nome ao álbum, é um verdadeiro hino, conta com o refrão marcante, um pouco mais veloz que a anterior. Representa muito bem a sonoridade consagrada do estilo.

Ainda no tom melódico e certas vezes épico, o álbum segue com “The Needless End”, um pouco mais acessível e pegajosa, “Conditional”, essa já um pouco mais acelerada, com um ótimo dedilhado plugado no início. Essa até lembrando o que o In Flames faz dos anos 2000 pra cá, com uma pegada mais melodiosa. “In Broken Trust” tem o refrão cantado com vocal limpo, algo bastante incomum, mas que casou muito bem com a música. Uma das melhores do álbum.

Bom, chegamos a segunda metade da audição com “Gateways”, que mantém a fórmula que funciona muito bem, destaque para o solo de guitarra e a bateria que tem viradas muito bem executadas por Daniel Svensson. “A Truth Worth Lying For” chega mais agressiva, a bateria tem um certo groove nas estrofes e o refrão é explosivo e conta com mais vocais limpos, que aparentemente funcionam muito bem no álbum. Atenção na passagem no violão que encerra a faixa. “Feel What I Believe” é um show de Svensson novamente, que conduz a banda com viradas, mudanças de andamento e grooves que enriquecem bastante a faixa. O refrão é mais um vez o ápice, com muita agressividade e harmonia.

Last Of Our Kind” nos encaminha para o final do álbum com uma linda introdução orquestrada, que logo contrasta com o peso das guitarras e a bateria pulsante. Outro refrão muito bem feito aparece e o destaque fica para a aparição de Matt Heafy, vocalista do Trivium, que se encaixa perfeitamente na faixa. Finalizando o álbum temos “The Most Alone”, mais cadenciada em partes específicas, tem grande destaque nos riffs melódicos e seu refrão mais uma vez marcante. Fecha o álbum com um sentimento de que poderiam ter mais músicas na tracklist.

A produção do álbum é impecável e transmite para o ouvinte a melhor experiência em questão de mixagem, com tudo bem encaixado, no volume certo e com um polimento cristalino. Fãs do antigo In Flames dos anos 90 ficarão extasiados e os fãs do estilo em geral ficarão bastante satisfeitos com o som, esperando que mais álbuns venham por aí em um futuro próximo.

Tracklist:

01. Shadowminds
02. Days Of The Lost
03. The Needless End
04. Conditional
05. In Broken Trust
06. Gateways
07. A Truth Worth Lying For
08. Feel What I Believe
09. Last Of Our Kind
10. The Most Alone

Formação:

Mikael Stanne – Vocal
Jesper Strömblad – Guitarra rítmica
Niclas Engelin – Guitarra solo
Peter Iwers – Baixo
Daniel Svensson – Bateria