Resenhas

Demoniac Plague

Gestos Grosseiros

Avaliação

8.5

Temos o veterano Power-Trio de Guarulhos que atende pelo nome de Gestos Grosseiros. Na ativa há quase 1/4 de século, eles têm três álbuns completos em sua discografia e nos brindaram com este EP durante essa pandemia interminável do novo Coronavirus.

Gravado entre os meses de fevereiro e junho do ano que recentemente se foi sem deixar saudades, no Dark Paradise Recordings, na cidade natal da banda, “Demoniac Plague” tem a produção assinada pelo guitarrista Kleber Hora e a arte da capa é de Rick Paraná, da Indonésia. O play saiu pela Extreme Sound Records, em 18 de setembro.

Colocando a bolacha para rolar, temos a primeira faixa, “Dark Vision”, que é uma intro bem calma e logo logo chega “Fanatic Faith”, um Death Metal muitíssimo bem trabalhado, com destaque para o bumbo duplo de Andy Souza, que acumula também a função de vocalista e rouba a cena quando aparece destilando a velocidade nos dois pés. Excelente primeira impressão.

A faixa título mantém a mesma pegada da anterior, um som bem trabalhado, pesado ao extremo e com direito a blastbeats. Ótimo. “Prisoner” tem uma pegada mais core e direta no começo, ficando mais arrastada e técnica no meio, para terminar rápida como iniciou.

“Lamb of Religion” é a última das inéditas e é um baita Death Metal com ótimos riffs de guitarra e é muito bem dosada: tem peso, agressividade e até mesmo uma parte bem harmônica que nada lembra o estilo que a banda abraçou e isso é genial.

A última faixa se chama “First Pain” e trata-se de uma regravação da faixa originalmente lançada em uma demo no ano de 2003 e traz influências bem Old-School, com uma nova roupagem, mais moderna e sem perder a característica brutal e agressiva, com um final tão calmo quanto a intro que abre a obra.

E depois de breves 23 minutos chega ao final este play que tem como único defeito ser… Um EP. Sim, a banda tem um talento imenso, o destaque é a performance de Andy Souza na bateria e os caras poderiam ter investido um pouco mais de tempo em um full-lenght. Fica aquele gostinho de quero mais. A produção muito bem feita e um encarte bem simples, com as letras, mostra o profissionalismo da banda e mais uma vez fica a ressalva deste redator que vos escreve de que a banda merece mais um álbum completo. Recomendado para quem curte um som técnico e ao mesmo tempo extremo.

Faixas:

01 – Dark Wind
02 – Fanatic Faith
03 – Demoniac Plague
04 – Prisoner
05 – Lamb of Religion
06 – First Pain

Formação:

Andy Souza – bateria/ vocal
Kleber Hora – guitarra
Ayka Fix – baixo